sexta-feira, 6 de agosto de 2010

Projeto quer recuperar Rio Salgado


/8/2010

O projeto piloto vai fazer coletas e análises a fim de averiguar como está a qualidade da água do Rio Salgado

Crato. A Universidade Regional do Cariri (Urca) lança, hoje, o projeto piloto para o Enquadramento das Águas do Semiárido Brasileiro, o chamado "Projeto Salgado", que tem como objetivo construir um modelo participativo de gestão de recursos hídricos. Participam do encontro representantes dos municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha e Caririaçu, que formam a microbacia do Rio Salgado.

O coordenador do projeto, Rodolfo Sabiá, destaca que a "principal contribuição é definir qual o padrão de qualidade de água que queremos, bem como as estratégias legais para que os órgãos possam atuar de fato, respaldados pelo enquadramento das águas".

O evento será aberto às 9 horas, no auditório da Urca, em Juazeiro do Norte, pelo reitor Plácido Cidade Nuvens. Em seguida, será apresentada a proposta metodológica do projeto.

O professor José Carlos aborda o "Enquadramento de Água em Rios Intermitentes - Estudo de Caso do Rio Salgado". Durante o evento haverá espaço para debates sobre o tema, com articulação dos atores sociais.

Os municípios que formam a Microbacia III do Rio Salgado (Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha, Missão Velha e Caririaçu) estarão envolvidos no projeto, que realizará coletas e análises para averiguação da qualidade da água e produção de banco de dados.

Os principais impactos encontrados na Sub-Bacia do Salgado, de acordo com a Companhia de Gestão dos Recursos Hídricos (Cogerh), são os desmatamentos, as queimadas e o desvio do curso natural dos rios (barramentos). A Cogerh adverte também quanto a utilização indiscriminada de agrotóxicos nos plantios, a contaminação por esgotos sem tratamento e a poluição pelas indústrias e as queimadas do lixo e da cana.

O Rio Granjeiro, por exemplo, que nasce no pé da serra do Crato e desemboca no Salgado, começa a ser poluído na entrada cidade, por conta do esgoto. Outro fator agravante, segundo o relatório da Cogerh, é a retirada indiscriminada da mata ciliar que provoca o assoreamento de riachos, rios e açudes. Ressalta-se também a ocupação desordenada ao longo dos vales. Tudo isso vem a desertificação, que é a perda das características vitais do ambiente.

MAIS INFORMAÇÕES:
Urca
Rua Cel. Antônio Luis, 1161, Bairro Pimenta - Crato/CE
(88) 3102.1212 / 3102.1204

Silvania Claudino
Especial para o Regional
FONTE DIÁRIO DO NORDESTE

Um comentário:

Íris Pereira de Souza disse...

Deixar chegar ao que já chegou, representa já uma grave falta de consciência para com a natureza e ao próprio homem.
O certo é cuidar para não ter que remediar, mas nunca é tarde pra reparar o erro, então que seja de imediato toda providencia tomada, ante que não tenha mais jeito.
ÍrisPereira