quarta-feira, 29 de agosto de 2012

Formação UCA na Escola Joaquim Valdevino de Brito


Formação UCA na Escola Joaquim Valdevino de Brito

A Equipe UCA-Ceará, representada pela formadora da Universidade Federal do Ceará (UFC), Karla Silva, ministrou um novo momento de formação para os docentes da Escola Joaquim Valdevino de Brito no último dia 4 de agosto. A formação teve como temática a criação de blogs por áreas, produção de animação online de Avatar e exploração do Google Maps de forma interdisplinar.
A implantação do Projeto UCA na escola pressupõe a formação de recursos humanos que será desenvolvida no decorrer de todo o programa sob a tutoria da UFC. A formação tem por objetivo promover o uso pedagógico das Tecnologias de Informação e Comunicação e dinamizar essa inovação na escola por meio de práticas educacionais que possibilitem novas e ricas metodologias de ensino aos professores e gestores escolares.

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

PROGRAMA UCA



O UCA – Um Computador por Aluno é “um programa de inclusão digital pedagógica nas escolas, com repercussão na família, baseado em um laptop de baixo custo, apto ao enlace de conectividade sem fio (em rede mesh ou wireless), objetivando o conhecimento e tecnologias que oportunizam a inovação pedagógica nas escolas públicas” (Proposta de Avaliação UCA, 2010). O projeto é desenvolvido em sintonia com o Plano de Desenvolvimento da Educação – PDE e com os propósitos do Programa Nacional de Tecnologia Educacional – ProInfo, o Projeto UCA pretende criar e socializar novas formas de utilização das tecnologias digitais nas escolas públicas brasileiras, para ampliar o processo de inclusão digital escolar e promover o uso pedagógico das tecnologias de informação e comunicação. A implantação desse projeto, em escala mais ampla, pressupõe a formação de recursos humanos que serão, paulatinamente, envolvidos em sua operacionalização para disseminar a proposta e dinamizar a inovação na escola por meio de práticas educacionais que possibilitem novas e ricas aprendizagens aos estudantes, aos professores e aos gestores escolares.
 
O Programa Um Computador por Aluno (UCA), da SEED/MEC, recém-iniciado nas redes públicas, está sendo caracterizado com um Piloto, com duração mínima de dois anos, do qual participam dez escolas por estado com um máximo de 500 alunos, selecionadas em áreas urbanas e rurais, que receberão laptops educacionais conectados à internet para todos os seus alunos e professores. O Piloto foi planejado para ter esta duração em função do conhecimento que já se têm de que mudanças e inovações na escola são processos longos, complexos e que necessitam de acompanhamento continuado. O período de dois anos foi considerado o tempo mínimo para que os educadores se capacitem para operar pedagogicamente com os recursos digitais. Formar educadores de comunidades escolares com contextos sociais, infraestrutura física, projetos político-pedagógicos e níveis de preparação profissional diferenciados resultam num conjunto que pode refletir as diversidades regionais e dos grupos sociais que compõem o nosso país.
Considerando a diversidade das realidades regionais e locais, a construção de um perfil das escolas envolvidas no processo é fundamental para subsidiar as análises posteriores dos impactos provocados pela implementação do programa. Não é suficiente analisar apenas o que acontece depois da inserção dos computadores, mas sim em quais contextos o programa está sendo implementado e o quanto impactará na prática pedagógica, nos processos de inclusão digital e na própria vida social e familiar dos alunos. A avaliação proposta pelo projeto UCA contempla quatro fases: na primeira fase será realizada uma avaliação diagnóstica, na segunda fase engloba as avaliações de processo e formativa, a terceira fase se caracteriza como avaliação de resultados e a quarta e última fase se refere à avaliação de impacto. A avaliação diagnóstica contempla a construção de um perfil e análise do contexto da escola, propiciando a existência de uma lacuna em dados importantes para a pesquisa.
Como as escolas foram escolhidas
A definição das cerca de 300 escolas públicas que participam do Piloto do Projeto “PROUCA” coube às Secretarias de Educação e à União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (UNDIME), entidades parceiras do Projeto. Em articulação com a UNIDIME, as Secretarias de Educação dos Estados selecionaram escolas das redes estaduais e municipais, seguindo os seguintes critérios: ter cerca de 500 (quinhentos) alunos e professores e possuir energia elétrica para carregamento dos laptops e armários para armazenamento dos equipamentos.
Escolas Contempladas no Ceará
  • Barreira – Escola de Ensino Fundamental e Médio Antônio Julião Neto
  • Crato – Escola de Ensino Médio Joaquim Valdevino de Brito
  • Fortaleza – Escola de Ensino Fundamental e Médio Estado do Paraná
  • Fortaleza – Escola Municipal de Ensino Infantil e Fundamental Monteiro Lobato
  • Iguatu – Escola de Ensino Médio Francisco Holanda Montenegro
  • Jijoca – Escola Municipal de Ensino Fundamental e Laboratório de Informática Senador Carlos Jereissati
  • Maracanaú – Escola de Ensino Fundamental e Médio Carneiro de Mendonça
  • Quixadá – Escola de Ensino Fundamental e Médio José Martins Rodrigues
  • São Gonçalo do Amarante – Escola de Ensino Fundamental Poetisa Abigail Sampaio
  • Sobral – Escola Ensino Fundamental e Médio Profissional São José
Extraido da página oficial do projeto UCA

domingo, 26 de agosto de 2012

DIA 27 DE GOSTO – DIA DO PSICÓLOGO- POR JOÃO CÉSAR MOUSINHO DE QUEIROZ.

“Uma gota a mais e o copo transborda. A metáfora sobre algo que não conseguimos conter desenha a imagem do que acontece nos momentos em que não damos conta de resolver sozinhos um problema que incomoda bem lá dentro da gente. Ao atingirmos essa situação-limite, a água escorre – e nos vemos no impasse de matar, morrer ou de nos fingirmos de morto. Matar é buscar soluções. Morrer é se deixar aniquilar por ela. Fingir de morto é olhar para o lado, agindo como se a coisa não fosse com você. Eis aí três possibilidades do que cada um de nós, como indivíduos ( na mais pura acepção da palavra, “aquilo que não se divide”), podemos fazer com nossas vidas quando algo não vai bem em nosso íntimo. Tudo é questão de escolha, e essa opção determina como viveremos e quem seremos para nós e para os outros”.*

Esta metáfora expressa uma situação que passou por cima do nosso limite de dor ou que traz para nós um questionamento tão intenso a respeito de nós mesmos que entramos numa dolorosa crise e precisamos de ajuda. Podemos fingir que não é conosco, entregarmo-nos a essa dor e tornarmo-nos pessoas rancorosas e entristecidas, buscando até mesmo a morte, porém existe outra opção: buscar ajuda profissional.
Buscar ajuda não por fraqueza, mas porque os caminhos que teremos de seguir são escuros e serão melhores iluminados e aproveitados se tivermos um guia que nos auxilie na travessia. Alguém que estudou sobre a mente humana e seus meandros. Este alguém é um psicólogo ou psicoterapeuta, profissional que trabalha com técnicas que possibilitam o auto-conhecimento. Iniciar uma psicoterapia - de orientação psicodinâmica, por exemplo - é como uma viagem ao nosso inconsciente por meio das escuras e profundas contradições humanas e desta forma conhecermos a nós mesmos, tornando-nos o que somos, conhecendo o que queremos e sabendo o que podemos ser.
Apesar do árduo trabalho e disponibilidade este profissional é muitas vezes vítima de estereótipos, ora sendo considerado um misterioso guru com poderes mágicos, capaz de desvendar todos os desejos mais íntimos só de olhar para as pessoas, ora visto como louco ou até mesmo desconsiderado por alguns cientistas - como se o sofrimento emocional não fosse autêntico, somente o que é sofrimento físico ou provado cientificamente pelas ciências naturais fosse verdadeiro.
O psicólogo(a) é alguém que estuda a subjetividade, os sentimentos mais contraditórios e se disponibiliza a caminhar com o outro pelo único, difícil e obscuro caminho dele, sem julgá-lo ou criticá-lo, mas sendo seu verdadeiro parceiro de viagem em quem se pode confiar e dizer sem censuras o que sente e pensa.
Sua atuação é validada pela Psicologia, que é uma ciência com normas e técnicas estudas e validadas pelas ciências humanas e fiscalizadas pelo Conselho Federal de Psicologia.
Em homenagem a esta tão valorosa profissão, o id, ego e super-ego, parabenizam todos os psicólogos(as) e psicoterapeutas por este dia tão especial e pelo trabalho realizado com entusiasmo, seriedade  dedicação.
Aqui na Fundação Casa São Paulo conseguimos ás 06 horas diárias e 30 horas semanais, depois de muitas lutas e a nível nacional a lutas continuar. Participe(m).
*São Paulo/SP- VARIAS FONTES –www.sosodrogasealcool.org


Visita do candidato do PT, Dr. Marcos Cunha à sede do Distrito de Ponta da Serra








sexta-feira, 24 de agosto de 2012

50 ANOS DE PSICOLOGIA NO BRASIL: UM POUO DE NOSSA HISTÓRIA.



Em 27 de agosto de 1962, o então presidente da República , João Goulart,  sancionou a Lei 4.119 que tomava a PSICOLOGIA, de direito, uma PROFISSÃO. A Lei foi antecipada pela mobilização  de profissionais ligados a psicologia, entre eles acadêmicos como Dante Moreira Leite, que  redigiria a justificativa enviada ao Deputado Adauto Lúcio Cardoso relator da matéria  na Câmara Federal. O projeto contou, ainda, com o apoio decisivo do deputado Lauro Cruz. Que mantiveram, à época, diversos encontros com representantes da PSICOLOGIA.
Antes de ser juridicamente reconhecida, a Psicologia estava presente em Campos como a Educação, a Saúde, o Trabalho e o Direito, sendo ensinadas nas Escolas Normais e Faculdades de Filosofia e em centros de excelência como  a Universidade de São Paulo, a partir de 1958.
Seu estabelecimento como Profissão, contudo, enfrentou resistências da ÁREA médica, que considerava como privativas, praticas associadas á Clínica. Apesar dessas resistências, a Lei que regulamenta a Profissão assegurou o trabalho do (a) PSICOLOGA(O), definido como” uso de métodos e técnicas de psicologia para solução de problemas de ajustamentos, alterações emocionais e comportamentais”.
A regulamentação da Profissão de PSICÓLOGAS(OS)em lei não era comum na época.Com a exceção de Estados Unidos, Canadá e Egito, outros países não dispunham, na época, de legislação que protegesse a atividade.  Mesmo nos três  países  citados, essa regulamentação era parcial ou estava limitada a alguns estados ou províncias. De qualquer forma, a Lei 4.119 teria de esperar até janeiro de 1964 para ser regulamentada ( pelo decreto 53.464) e somente  em dezembro de 1971, com a Lei 5.766, seria criado formalmente o Conselho Federal de Psicologia(CFP), seguido pelos sete  primeiros Conselhos Regionais de Psicologia. 
CRP 01- Distrito Federal (sede), Acre, Amazonas, Goiás, Para e os territórios do Amapá, Roraima e Rondônia;
CRP 02- Pernambuco (sede), Alagoas, Ceará, Maranhão, Paraíba, Rio Grande do Norte, e Território de Fernando de Noronha;
CRP 03- Bahia (sede) e Sergipe;
CRP 04- Minas Gerais(sede) e Espírito Santo;
CRP 05- Rio de Janeiro(sede) e Estado da Guanabara;
CRP 06- São Paulo (sede) e Mato Grosso;
CRP 07- Rio Grande do Sul (sede), Paraná  e Santa Catarina.
É importante destacar o pano de fundo político ao longo desse período inicial da PSICOLOGIA como profissão. A estrutura dos Conselhos, por exemplo, se deu sob a égide da DIDATURA MILITAR a partir de 1964, ( que para o meu inesquecível pai seu Mousinho foi o golpe branco mais terrível de toda nossa historia ) e em  meio ao recrudescimento da repressão que se estendia pelos anos 1970. Acompanhando os movimentos sociais para a redemocratização brasileira, ganha força em movimento de critica em relação ao PENSAR E FAZER PSICOLOGIA e uma preocupação em colocar a ciência e a profissão em sintonia com a solução de problemas sociais e em oposição a uma visão tecnicista e alinhada status quo.  O compromisso do Sistema Conselhos como democratização da informatização que se deu nos anos posterior representou um avanço que permite, hoje, ampla manifestação de todos(as) aqueles(as) que atuam nos diversos  campos da profissão.



Dilma Rousseff é a 3ª Mulher mais Poderosa do Mundo – Ranking da Forbes 23 de agosto de 2012



 (No Ratings Yet)


Ocupando o 3° lugar no ranking anual das mulheres mais poderosas do mundo, promovido pela revista norte-americana Forbes, a presidente Dilma Rousseff é capa da nova edição, que também traz uma reportagem sobre o Brasil. Na matéria, a revista classifica as últimas décadas como "formidáveis", já que o país conseguiu controlar a inflação e fez com que o PIB crescesse.

A publicação explica que o Brasil é um dos países mais empreendedores do mundo, com um em cada quatro adultos empregados de alguma maneira. Na matéria, também é comentado o passado militante da presidente Dilma e os desafios que o país tende a enfrentar futuramente, além de destacar a demissão dos ministros e um grande problema da nação: a corrupção.

O ranking relaciona as mulheres com mais prestígio, poder aquisitivo e presença na mídia ao redor do mundo. A relação envolve celebridades, empresárias, mulheres envolvidas na política, entretenimento, tecnologia, organizações sem fundos lucrativos, entre outras áreas. A lista completa pode ser acessada através do site da Forbes.

O 1° lugar do ranking ficou com Angela Merkel (chanceler da Alemanha). Já o 2° lugar ficou com Hillary Clinton (atual secretária de Estado dos EUA). Atrás de Dilma, encontra-se Melinda Gates, co-presidente da Fundação Bill & Melinda Gates. No 5° lugar, vemos Jill Abramson, editora-executiva do "New York Times". Duas outras brasileiras aparecem na lista, Graça Foster (presidente da Petrobras) ficou na 20ª posição e a modelo Gisele Bündchen ficou na 82ª.

Fonte: Comunique-se

Por Tadeu Goulart

sábado, 18 de agosto de 2012

ENTREVISTA COM ALEMBERG QUINDINS (Fund. Casa Grande)





   

"O que falta aos meninos do sertão e do Brasil é conteúdo. Quando há conteúdo, há respeito e constância".

Ele acha feliz o mundo em que "ainda cabe lugar pra gente besta". Quando nasceu, já vinha com o caixãozinho encomendado, anjo desnutrido. Vingou. A tia exigiu que levasse o nome do santo milagreiro: Francisco. A mãe gostava do conde da novela. Ficou Francisco Alemberg. Francisco ele dispensou. E agregou Quindins, de uma banda que teve. Podemos chamá-lo Alemberg, ou embaralhar com Chicó, d'O Auto da Compadecida - a risada do personagem de Selton Mello no filme de Guel Arraes é todinha dele, roubada com consentimento.

Ou pode-se ainda confundir com Antônio, de A Máquina - personagem do romance de Adriana Falcão que decide, em vez de ganhar o mundo, trazer o mundo à sua cidade. Foi o que fez. Criou museu, escola de comunicação, teatro, cinema, produtora de vídeo, banda de música, editora, rede de pousadas e até canal de tevê. 

É a Fundação Casa Grande, tocada pela criançada de Nova Olinda, cidade de 12 mil habitantes a 552 quilômetros de Fortaleza. O mundo veio ao interior do Ceará. Não qualquer mundo, mas um que permite à meninada do sertão "encontrar o espaço que lhe cabe", e, assim, "fazer a diferença".


Como começou essa história toda?
Na realidade sou uma criança, sabe? Ainda não fiquei adulto. Todos esses sonhos que fazem parte da Casa Grande são sonhos meus de criança. O primeiro contato que tive com o imaginário da região foi com uma cabocla descendente dos cariris. Ela me contava lendas da Mãe d'Água, da Chapada do Araripe, histórias dos índios, e me levava para a casa dela, onde tinha um índio de madeira que eu sempre queria visitar. Depois minha família mudou para Miranorte, onde hoje é o Tocantins, mas ainda era Goiás. A gente morava num lugar que, de um lado, tinha uma tribo xavante, e do outro, uma xerente. Ficava entre o Araguaia e o Tocantins. A professora olhava no mapa: "Olha, a gente mora mais ou menos aqui." Daí talvez hoje esse espírito da Casa Grande de saber a importância de constar no mapa do País. Em Miranorte, o mundo não era ali. Eu ia para a estrada ver os meninos que vinham de Belém ou Brasília. Ia para me instruir, ver o povo falando do mundo, porque eu mesmo não morava no mundo.

Foi lá que começou a Casa Grande?
De certo modo. Quando eu tinha nove anos, comecei a fazer revistas em quadrinhos de super-heróis. Desenhava em um caderno, depois recortava os desenhos e costurava com linha e agulha, porque não tinha grampeador. Minha referência eram as revistas Tex e Homem Aranha. Mas nem banca de revista tinha por lá. Depois decidi fazer cinema, pegando plástico, fazendo rolo e botando uma lâmpada, mas não conseguia projetar na parede. Até que, um dia, fiz uma experiência no escuro, e vi que a sombra da gente se projetava na parede. Então construí uma caixa de madeira, botei um pano, peguei aqueles bonequinhos que vendem em saquinho, da Guliver, e fiz o cinema de sombras. Fazia os cartazes, a trilha sonora, o roteiro.

E cobrava pelas sessões?
Em palitos de fósforo. Lá em casa eu tinha a alegria de ser o responsável por sustentar a cozinha com fósforo. A entrada custava dez palitos. A meia, cinco.

Meia entrada naquela época?
Era. Na revista que fazia colocava uma página: Seja sócio da editora. A pessoa preenchia, mandava o papelzinho e eu fazia uma carteirinha - desenhava a cara dela como se fosse carteirinha da Editora Bloch. E a pessoa tinha direito a meia entrada.

O que mais você aprontou?
Fiz também com meu irmão um conjuntinho de lata. A gente compunha as músicas e tocava nas festas de miss que as meninas faziam no quintal. Também conseguimos um campinho para jogar futebol. Era o campo-do-pé-de-pequi, porque no meio tinha a árvore. Tinha que ser bom para jogar ali. Foi nessa época que criei a revista Placarzinho. Fazia matérias jornalísticas, pôsteres. Tudo sobre o que acontecia no campinho. Era eu que desenhava. Cada exemplar era único, feito à mão.

Quando você deixou Miranorte?
Em 1985, aos 18 anos. Foi quando comecei a me sentir incomodado. Queria conhecer o mundo. Aí me alistei na Marinha de Guerra - para viajar. Mas me deram um balaio e uma vassoura e passei um ano inteiro varrendo em Natal.

E depois?
Voltei para minha terra. Lembro que, quando cheguei, era de manhãzinha. Fui entrando na Chapada do Araripe. Aquela floresta e, dentro, uma cratera e um monte de cidades. Quando acordei e vi pela janela, tive um impacto: "Ô, rapaz, ou aqui já aconteceu uma coisa muito importante na vida, ou está para acontecer." E, dali em diante, passei a andar nos sítios mitológicos, e a sonhar. Sonhava a noite inteira, andando naqueles sítios como se fossem cidades. Fui resgatar as lendas que ouvia quando criança e fazer uma pesquisa musical. A Chapada é um celeiro em tradição oral. Lugar de contador de história, poeta. Não é à toa que o Cariri tem santo próprio, o Padre Cícero. De um lado, Luiz Gonzaga; de outro, Patativa do Assaré.

A Chapada do Araripe é um sítio arqueológico importante, não?
A Chapada surgiu quando estava havendo a separação dos continentes, do que virou a América e a África. Era uma região de grandes lagos, com dinossauros. Para aquele pterossáurio que aparece no filme do Spielberg, a pesquisa foi feita lá. Foi o primeiro lugar onde surgiram flores no planeta. Era uma região viva, como um vale dos dinos. E aí o mar entrou, com o afastamento das placas tectônicas, e matou a vida de água doce. Os peixes pequenos foram para o fundo do lago, e entrou a vida marinha. Acontece que houve novamente uma movimentação das placas tectônicas, fechando o mar. A região transformou-se em um grande lago hiperssalino. A água, com o tempo, foi baixando, e a vida marinha foi ficando na lama. Ela se transformou nas "pedras de peixe", como chamam lá. São fósseis, como se fosse uma fotografia daquela época, há 150 milhões de anos. Você vê as piabinhas na rocha. No Nordeste houve muitas mudanças, mas a Chapada do Araripe conservou aquele oásis. E, com isso, houve um verdadeiro entroncamento. Era o aeroporto dos bandos de nômades da pré-história. Acredito que isso tenha gerado a cultura do Cariri. Aquele é um dos lugares de maior energia do planeta. A Casa Grande, de certa forma, é um beija-flor que procura sugar essa energia e condensar lá dentro, para passar um pouco para as pessoas.

Como o projeto surgiu?
Quando eu era criança, dizia: "Quando crescer, vou ter meu emprego, casar, ter meus filhos, mas vou construir em minha casa um quarto de brinquedos, com revista em quadrinhos, com tudo o que eu gosto." Esse quarto é a Casa Grande, instituição toda gerenciada por crianças e adolescentes. Em 1992 resolvi colocar lá o acervo que juntamos em nossas pesquisas. E também aquele indiozinho que eu ia visitar na infância. A gente batizou ele por Cariuzinho. Os meninos criaram uma editora e hoje tem o personagem - Cariuzinho é um ser encantado que leva os meninos no tempo, pra visitar a época das lendas.

Quais são as atividades da Fundação?
Temos quatro programas: memória, comunicação, arte e turismo. O programa de memória cuida de resgate da mitologia e arqueologia. Temos o museu e os sítios arqueológicos que a gente protege, orientando os fazendeiros e a comunidade. O programa de comunicação cuida da rádio, da tevê e da editora. O projeto da rádio, em parceria com o Unicef, foi parar em Angola e em Moçambique. A tevê acabou lacrada pela Anatel. Era a primeira tevê totalmente produzida por crianças, elas roteirizavam, filmavam, editavam. A editora cuida de toda a parte visual dos nossos shows - cartaz, ingressos, folders -, do jornal e da revista.


E o programa de arte?
Nele os meninos fazem e estudam cinema. Temos um cineclube com 1.200 títulos. As crianças aprendem a linguagem cinematográfica para produzir. Temos um produto que passa antes de cada sessão. É o Sem Canal - brincadeira com o Canal 100 e com o fato de termos ficado sem nossa tevê. Começa com aquele "ta-tã-tã - ta-rã", música do Canal 100 tocada pelos meninos da nossa bandinha de lata [ Que bonito é..., da música Na Cadência do Samba, de Luís Bandeira]. O Sem Canal tem pessoas falando sobre si e as imagens aparecendo, como se fosse uma autobiografia digital. Os meninos têm ilha de edição para trabalhar. Já estamos autorando em 5.1 surround. Além disso, temos o cinema, que passa filmes para a comunidade em três sessões: infantil, popular e temática. Tem também a parte de música. São dois laboratórios. A iniciação é na bandinha de lata, e há também uma banda de música instrumental, onde fazem jazz misturado com ritmos nossos, nordestinos.

E como surgiu o programa de turismo?
Surgiu porque estávamos recebendo uma média de 3 mil visitantes por mês - estudantes de outros países, pessoas que iam pesquisar. E aí a gente criou umas pousadinhas domiciliares nas casas da comunidade. Bom para todo mundo. Hoje as pessoas vão para Nova Olinda, hospedam-se nas casas das famílias e convivem com elas. É turismo solidário.

Quanto custa a diária?
Sai a 40 reais - com direito a café da manhã, almoço e janta. Oitenta porcento desse dinheiro vão para reposição de material; 10% para a manutenção da cooperativa que a gente criou para trazer os pais das crianças da Casa Grande para dentro da instituição; e 10%, para um fundo de educação para os jovens que passam no vestibular. A gente paga o transporte porque a universidade mais próxima fica a 42 quilômetros, no Crato.

Quantas crianças estão envolvidas em todos esses programas?
São cerca de 70 crianças e jovens. Na verdade, uns 200, mas sempre gosto de tirar para menos. O importante não é a quantidade, é a qualidade. Só no ano passado foram 24.770 pessoas que circularam por lá, usufruindo do espaço, do cinema, do teatro, do parquinho.

Há uma preocupação com a formação profissional?
Na realidade, a escola de comunicação da Casa Grande não é para formar jornalistas. É para que, através da comunicação, eles tenham uma noção da diversidade das formas de ver as coisas. O mesmo acontece com os outros programas. Na Casa Grande não tem músicos, editores. Lá todo o mundo é recepcionista. E o grau mais alto na Fundação é o de bom recepcionista. Estamos lá para receber as pessoas.

Por que a ênfase na comunicação?
Porque a comunicação dos grandes meios vai para o interior e massifica. Não resta o mínimo de possibilidade para uma criança produzir, ser ativa. Ter acesso à produção de comunicação, principalmente na infância, é muito importante para o discernimento, a formação da personalidade. É a base para o desenvolvimento do País. Antigamente existiam os profetas do sertão que diziam como o vento estava vindo, como as árvores estavam brotando. Hoje são as ferramentas de comunicação que dão a noção de por onde as coisas estão andando. Um jovem precisa dominar esse tipo de coisa para saber o que é o mundo.

Nas cidades do interior essa é uma realidade distante, não?
Muito. E existe um enfraquecimento com bolsa para tudo quanto é coisa, para estudar, para nascer, para mamar, para morrer. Isso acaba enfraquecendo o ânimo de ir à luta. As pessoas vivem à custa da aposentadoria de uma avó. A juventude é ligada em novela, não no estudo. Naquelas cidadezinhas, os prédios mais modernos são os motéis. Então é: bebida alcoólica, música de péssima qualidade e motel.

Você crê que o investimento social vem sendo mal direcionado?
O caso da África tem provado que viver eternamente miserável é mais cômodo. Em países como o nosso, para nosso projeto ter dinheiro, preciso dizer que tenho cem candidatas a prostitutas infantis. É a história: Me dê dinheiro, senão vou ser um assaltante. Não se investe na pessoa de bem, mas na pessoa de risco. Isso é um erro. Estamos reproduzindo justamente esse pensamento internacional que é o de investir na miséria.

Dá para ser diferente?
Em primeiro lugar, penso que para ser cidade, em vez de ter tantos mil eleitores, o critério deveria ser assim: você quer ser cidade? A população quer que seja cidade? Então tem que ter estes quesitos: uma biblioteca com tantos mil livros; um teatro nessas condições; um cinema; um hospital assim, assim. Se tiver isso, ganha o título de cidade. E tem de batalhar para ter esse título sempre. Se a biblioteca sucatear, perde o título. Enfim, acho que falta isso para construir conteúdo nos meninos do sertão e do Brasil. O que falta é conteúdo. Quando há conteúdo há respeito e constância.


Você vê isso mudando na Casa Grande?
Uma vez chegou uma turista lá e perguntou a uma das meninas: "Você é uma criança carente?" Ela respondeu:"Todos nós somos carentes. Eu, a senhora...". Na realidade, criança carente é aquela que precisa abastecer a carência dela com consumo. Podemos também falar de migração. Veja só: se Bill Gates viesse morar no Brasil, não seria migração, seria? Vai Chico Anísio morar em São Paulo. É êxodo? Não. Êxodo só acontece se a pessoa for vazia, sem conteúdo. Quando a gente faz a diferença, não existe migração. Daí a importância de se apropriar de conteúdo. O importante na Casa Grande é o menino encontrar o espaço que cabe a ele dentro do mundo. Se ele for pessoa que tem uma bodega, vai ser diferente de todos aqueles outros bodegueiros que não têm conteúdo. Eu digo aos meninos: é importante vocês terem conteúdo até para namorar. Veja minha situação: daqui a dois anos faço 25 anos de casado. E a gente ainda não conversou um nada do que tinha para conversar.

Então o investimento é no namoro...
Não dá para você ser uma pessoa bonita, legal, se não tem o interior legal. O lado de dentro é que resplandece o lado de fora. Acredito que o interior da gente é nossa infância. Os problemas que a gente vê no mundo existem porque os adultos esqueceram o tempo em que foram crianças. Esquecem  os sonhos de criança. Na realidade, acabou a coisa do sagrado. Isso se perdeu. No tempo em que se acreditava em lobisomem, Dona Mariquinha via lobisomem todo dia no quintal. Se perdeu isso. E a realidade hoje é cada vez mais cruel. De certa maneira, a Casa Grande é para mim uma forma disfarçada de brincar de carrinho. Podem dizer: "Mas rapaz, desse tamanho, com gibi?" Uma vez eu vinha para São Paulo lendo um Tex, com outro esperando para ser lido. Uma pessoa de paletó ao meu lado viu que eu tinha um gibi desocupado e disse: "Posso ler? Já colecionei Tex, mas agora não tenho tempo para isso." E eu: "Claro." Ele leu o gibi em um minuto. E provavelmente continuou sem tempo. As pessoas vão cortando seu tempo, terminam perdidas no tempo, porque não deu tempo de fazer o que tinham que fazer.

Você disse que virou marinheiro para viajar o mundo. Foi com a Casa Grande que conseguiu isso?
Para mim é uma diversão vir a São Paulo, viajar para Alemanha, África. Para onde for. Minha mulher, Rosiane, diz: "Mas vai passar esse tanto de tempo dentro de um avião?" Acha ruim. E eu respondo: "Tirei o dia hoje para andar de avião." Todas as vezes que aeromoça passa, eu como, bebo, chupo bala. Faço tudo que tem direito. Feliz do mundo em que ainda cabe lugar para gente besta!



FONTE: http://www.almanaquebrasil.com.br/personalidades-cultura/7476-qo-que-falta-aos-meninos-do-sertao-e-do-brasil-e-conteudo-quando-ha-conteudo-ha-respeito-e-constanciaq.html#.UC1OXjCeHTE.facebook


Tânia Peixoto
"O tempo é o meu lugar, o tempo é minha casa."
(Vitor Ramil)

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

Morre, em Ponta da Serra, Irlande Correia




Registramos o falecimento do Sr. Ramundo Irlande Correia, do sítio Juá, ocorrido na manhã de ontem( 14.08), tendo sido sepultado nesta manhã, depois de missa de corpo presente celebrada na Matriz de São José pelo Pároco Padre Raimundo Ribeiro Filho.
Ele era filho de José Correia Lima( Jorge Correia e Fideralina Alves Correia, e vinha se tratando de grave doença, há alguns anos.

segunda-feira, 13 de agosto de 2012

O Teatro na Escola



Aconteceu no final da tarde desta segunda feira ( 13.08), na quadra Poliesportiva  Raimundo Ribeiro de Matos, em Ponta da  Serra, algumas apresentações dos grupos teatrais do SESC e da Casa de Acolhida, contando com a presença de todos os alunos do turno da  Tarde, como também, os professores e grupo gestor.
Foi, portanto, um momento ímpar, onde os atores conseguiram passar suas mensagens, em  especialmente, aos jovens presentes. 

domingo, 12 de agosto de 2012

Consultora ministra workshop e palestra sobreNegócios da Arte Contemporânea nos três CCBNBs



Ana Letícia Fialho.jpg

Fortaleza, 07/08/2012 – A advogada, gestora cultural e pesquisadora Ana Letícia Fialho ministrará workshop e palestra gratuitos sobre “Negócios da Arte Contemporânea”, nos três Centros Culturais Banco do Nordeste (Fortaleza; Cariri, em Juazeiro do Norte, no sul do Ceará; e Sousa, no alto sertão paraibano).
Os eventos acontecerão nos dias 14, terça-feira (CCBNB-Cariri), às 14h; no dia 15, quarta-feira (CCBNB-Sousa), às 16h; e no CCBNB-Fortaleza, dia 17 (sexta-feira), às 18 horas. Para participar, é necessário inscrição prévia na recepção dos CCBNBs ou pelo e-mail cultura@bnb.gov.br.
Essas duas ações fazem parte do Programa Negócios da Cultura, iniciado em abril passado. O Programa conta com o apoio do SEBRAE, parceiro do Banco do Nordeste neste e em outros eventos da capacitação gerencial e empreendedora.
O Workshop discutirá temas atuais sobre o mercado de arte; as oportunidades de inserção dos artistas visuais no mercado nacional e internacional; e interações das artes visuais com outras áreas. Por sua vez, a Palestra abordará a economia da arte contemporânea, as oportunidades laborais e negociais no mundo das artes.
Podem participar do workshop e da palestra: artistas visuais, incluindo xilogravuristas, fotógrafos, galeristas, produtores da área, professores e alunos de cursos e artes plásticas e artes visuais, entre outros.

Currículo
Ana Letícia Fialho é advogada, gestora cultural e pesquisadora, sócia-fundadora da FiSch Consultoria em Artes, empresa especializada em consultoria, desenvolvimento e gestão de projetos culturais. Com mais de dez anos de experiência no setor cultural, atuou junto a organizações como Cinema do Brasil, Fórum Permanente, Ministério da Cultura, SENAC, SEBRAE, Base7, Fundação Iberê Camargo, Fundação Bienal do MERCOSUL, Museo Nacional Reina Sofia, entre outros.
Atualmente é consultora em inteligência comercial e coordenadora de pesquisa do Projeto Setorial Integrado de Arte Contemporânea ABACT-APEX-Brasil. Doutora em Sociologia da Arte pela École des Hautes Etudes em Sciences Sociales/Paris, mestre em Gestão e Desenvolvimento de Projetos Culturais na Universidade de Lion II, professora da pós-graduação em Economia da Cultura da UFRGS. Colabora com publicações especializadas nos camposa da Sociologia e da Arte, tais como Fórum Permanente, Select, Spingerin, Sociologie de l’Art, Sociedade e Estado e Trópico. Co-editou, com Graziela Kunsch, o livro “Relatos críticos da 27ª Bienal de São Paulo (Hedra/Fórum Permanente, 2010).

ENTREVISTAS E INFORMAÇÕES ADICIONAIS:
·         Ana Letícia Fialho – (11) 8386.3647 – analeticiafialho@gmail.com
·         Jacqueline Medeiros (coordenadora de Artes Visuais do CCBNB) – (85) 3464.3184 / 8851.5548 –jacquerlm@bnb.gov.br
·         Viviane Queiroz (gerente de Produtos e Serviços do BNB) – (85) 3464.3126 / 8761.1775 – viviqueiroz@bnb.gov.br
·         Ricardo Pinto (gerente do CCBNB-Cariri) – (88) 3512.2855 / 8802.0362 – yuca@bnb.gov.br
·         Lênin Falcão (gerente do CCBNB-Sousa) – (83) 3522.2980 / 8802.5737 – lenin@bnb.gov.br
·         Luciano Sá (assessor de imprensa do Centro Cultural Banco do Nordeste) – (85) 3464.3196 / 8736.9232 –lucianoms@bnb.gov.br




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O núcleo da política do mensalão


A primeira notícia sobre mensalão é que a verdade de uma face só começa a perder credibilidade.

A noção de que se trata do “maior escândalo da história” ficou mais difícil de sustentar depois da revelação de que, ouvidas mais de 300 testemunhas, da acusação e da defesa, não apareceu ninguém para descrever as célebres “compras de voto”, “mesadas” ou outras formas de comércio político que Roberto Jefferson descreveu em junho de 2005.
O mesmo Jefferson, na verdade,   deixou de sustentar essa versão em  depoimentos posteriores, menos barulhentos e mais consistentes, que prestou à Polícia e a Justiça nos anos seguintes. Num deles, o deputado do PTB refere-se ao mensalão como ” criação mental.“ Disse, explicitamente, que “não envolvia” troca de apoio entre o Planalto e o Congresso e se destinava a financiar a campanha municipal de 2004.

sábado, 11 de agosto de 2012

PRIMEIRA MISSA DO PADRE REGINALDO


O Padre Reginaldo Pedro da Silva, da Pároquia São José Operário de Ponta da Serra, celebrou ontem às 19:00 horas, sua primeira missa na Matriz São José Operário. Ao iniciar foi saudado pelo Pároco Padre Raimundo Ribeiro Filho. Estiveram presentes os outros seis neo-sacerdotes ordenados no dia 04 de agosto na Sé Catedral de Crato: Padre Tales, Padre Cícero José, Padre Cícero Luciano, Padre Aureliano, Padre Francisco Gergelanio e Arileudo.
O Diácono Francisco Dionísio Alves proclamou o Evangelhou e o Diácono Vinicio Antonio de Melo Sousa serviu à Mesa da Eucaristia.
Compareu uma grande caravana vindo especialmente da Comunidade do Santo Antonio, onde o Padre Reginal nasceu, além dos seminarista do Seminário São José de Crato.. 
No fianl da missa Padre Reginaldo foi homenageado por Eliane Milfont, pertencente a Comunnidade Jesus, Maria e José, a qual pertenceu também o Padre Reginaldo e que compareceu em peso a nossa matriz.
Depois da missa foi servido um lanche.




(Texto extraido do Blog da Rua Mons. Assis Feitosa, com imagem deste blog)

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

Festa dos 80 anos de Maricô












Realizando-se, nesta noite (10.09), no Pólo de Lazer Vereador Edvardo Ribeiro da Silva a festa de comemoração dos 80 anos de vida de Maria Ferreira da Silva, popularmente conhecida por Maricô, uma das mulheres mais atuante na comunidade.
Presentes ao evento seus familiares, boa parte vindo de São Paulo, e amigos.

quinta-feira, 9 de agosto de 2012

Técnicos do CAC- Cinturão das Águas do Ceará realizam em Ponta da Serra reunião de esclarecimentos sobre o referido projeto




Aconteceu na manhã desta quinta( 09.08), no Pólo de Lazer Vereador Edvardo Ribeiro, uma reunião com a equipe de técnicos da Secretaria de Recursos Hídricos do Ceará que estiveram esclarecendo à população interessada tudo sobre o Projeto do CAC- Cinturão das Águas do Ceará.
Vale salientar que a primeira etapa do projeto é justamente o que inclui grande área do município do Crato, em especial, aqui no distrito de Ponta da  Serra, onde o canal deverá passar na encosta da Serra do Juá.
Presentes à reunião proprietários e moradores das áreas envolvidas.
O trecho inicial  que partirá de Jati até as  nascentes do rio Carius, num percurso de 150 kms,com capacidade de 30mts. Por segundo, constará de Canal aberto, Cifão( tubos) e Túnel, que terá por objetivo garantir a água para gerar o desenvolvimento, com água para o consumo humano e para irrigação.

sábado, 4 de agosto de 2012

“Garota de Ipanema” completa cinco décadas de sucesso mundial



2 de agosto de 2012 12:26
Por Gustavo Morais
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Vinícius e Tom são os autores da obra mais icônica da bossa
Nesta quinta-feira (2), a canção “Garota de Ipanema“, a obra mais icônica da bossa nova, completa 50 anos desde que foi interpretada pela primeira vez em público.
No já distante 2 de agosto de 1962, Tom Jobim, João Gilberto, Vinícius de Moraes, o baterista Milton Banana e o contrabaixista Otávio Bailly debutaram a canção em um clube do Rio de Janeiro.
A letra, escrita por Vinícius, por encomenda de Tom, foi concebida sob o nome de “Menina que Passa”, mas foi rebatizada, dando lugar ao título conhecido por todos. No início da década de 60, Moraes e Jobim frequentavam o “Bar Veloso”, na antiga Rua Montenegro (hoje Rua Vinícius de Moraes), em Ipanema. Naquela época, a dupla apreciava sem moderação uma linda jovem que passava em direção à praia. A dona do “doce balanço” que fazia a cabeça dos dois gênios da música era Heloísa Eneida Menezes Paes Pinto, a hoje mais que conhecida Helô Pinheiro.

Helô Pinheiro, a "Garota de Ipanema"
Segundo o jornalista e produtor musical Marcelo Dolabela, pós-graduado em Literatura Brasileira pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), a letra da música “Garota de Ipanema” segue a mesma temática do rock nacional feito à época. “A bossa nova é um pouco mais nova que o rock no Brasil, mas os dois estilos de música transitavam de igual para igual entre a juventude daquela geração. Ambos faziam letras que falavam de praia, paquera e assuntos ligados ao cotidiano jovem”, disse.  “Somente a partir de 1964 é que a os estilos se distanciam. A bossa começou a seguir a tendência politizada e o rock mergulhou no nonsense capitaneado pela jovem guarda. Atualmente o rock continua sendo música jovem, mas a bossa perdeu um pouco do espaço entre a juventude”, concluiu.
Ao longo de suas cinco décadas de vida, a canção ganhou 170 versões, que foram gravadas por nomes como Frank Sinatra, Ella Fitzgerald, Madonna, Cher, Sepultura e, mais recentemente, por Amy Winehouse, que a resgistrou em seu trabalho póstumo, o álbum “Lioness: Hidden Treasures”, de 2011.
A seguir, um vídeo de Tom e Vinicius apresentando a obra prima chamada “Garota de Ipanema”:

Fonte: www.cifraclubnews.com.br