sábado, 28 de maio de 2011

100 ANOS DO MEU MAIOR E MELHOR AMIGO-MEU PAI – Por César Mouzinho

Joaquim Mousinho de Oliveira nome do meu inesquecível pai, essa homenagem vem de encontros reescrevendo nosso relacionamento quando pré-adolescente e adolescente no Crato, enquanto aqui atendo em psicoterapias individuais adolescentes que não respeitam seus pais, confesso que o meu veio Mozin mesmo depois de ter ido pro céu há vários anos é e sempre será o meu maior ídolo, só pra vocês terem ideia não tem Senna, Pelé, todos os Kenneds juntos; Vargas, Juscelino e outros maior que seu Mosin, meu eterno veio do Cachimbão só Jesus Cristo.

Meu pai, não gostava de toma uma caninha, seus amigos e contemporâneos diziam-me, “César, seu pai não gosto de uma pinguinha, come com farinha”. Meu velho do Cachimbão, para os amigos seu Mozin, para meus colegas veio Mozin.

Meu pai tinha vários nichos de amizades no Crato: Mercearia do seu Caririzin, Bodega de seu Sadoque, Bar de seu Ivanildo, Elite Bar e o Redondo. Mas, o que meu pai mais frequentava era o Bar de seu Ivanildo e o Redondo.

Dona Nair que nunca foi boba, cedo já me falava: “Cesinha depois das aulas do Diocesano passe lá no seu Ivanildo e traga seu pai”, ela sabia que o Cachimbão tomava uma e pagava a rodada para todos os amigos e seu Ivanildo tinha uma cadernetinha só pra anotar as pingas do meu pai, as quais eram pagas mensalmente.

Bem, ou no seu Ivanildo ou no Redondo, era a minha área de atuação. Quando meu pai não estava em nenhum desses lugares, aí o estomago batia na costa de fome, pois a aula no Diocesano acabava11h40minmin. Chegar a casa 13hs chegava morrendo de fome e quando era baião de dois, alias o melhor baião de do mundo é o da minha mãe D. Nair, aí eu comia até as panelas. Ou nos dias de sábados quando meu pai ia pra Redondo, eu nunca tive conhecimento de alguém gostar de conversar tanto com seus amigos com seu Mozin, amigos ponha conversa e multiplica por dez. Minha sorte era quando ela já tina pego a carne lá no seu Túnico, acho que da minha geração todo mundo comeu as carnes do seu Tunico. Lembro-me quando minha mãe colocando a mão em cima da carne e passava a faca e cortava ao mesmo tempo ela balbuciava “esse Tunico é um amigão, essa carne que ele me mandou é de primeira”.

Mas o reescrevendo a historia tem vários caminhos, quando eu encontrava o meu pai seus amigos falavam “aí Mozin a polícia da Nair chegou e eu falava” papai a mamãe mandou lhe chamar “na maioria das vezes nós saíamos do seu Ivanildo e seguíamos pro Redondo pra depois direto pra casa. Mas havia outros caminhos, passar no posto de seu Antônio Almino ou lá no seu Sadoque, meu Deus do céu aja conversa. Papai vamos perder o Vicelmo, não, não vamo não!E era nesses caminhos pra casa na Rua: José Alves de Figueiredo, na Vila Silvestre, recordo-me que nossos vizinhos eram seu Zé do For, a família do hoje Dr: Valdetário, Dona Anita, e a maior torcedora do Ceará no Brasil Dona Lilô Felipe, para quem eu ligo daqui de São Paulo após a vitória no Brasileirão e na Copa do Brasil. Ou para Rua: Padre David Moreira no pimenta que o meu pai sempre vinha com um dito popular só que nesse dia antes de minha vinda para estudar em São Paulo ali na esquina da Irineu Pinheiro com a Padre, Caixa Ecomonica e Banco do Nordeste e ficar aqui perto da gente, mas cone comigo para fazer tudo que for possível e impossível para lhe ajudar a realizar seus sonhos. Chorando falei e sobre drogas, engravidar namorando já que lá o namoro é mais avanço do que o nosso ou entrar para guerrilhar; o senhor não vai falar nada. Ele se afastou, pegou nos meus ombros, me apertou forte, olhou firme dentro dos meu olhos e disse-me

Em dezembro de 1976: Filho – CONHEÇO MEU GADO. Papai quero dividir com o senhor, mamãe e os homens que esse ano foi convidado para ministrar aulas na pós-graduação na Universidade que me formei-hoje estou no meio do sonho que o senhor e a mamãe me ajudaram a estar realizando.

Mousinho-Filho-São PAULO, 28/05/2011.

assim "sem eira nem beira".

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