quinta-feira, 23 de junho de 2011

GRAVE DOENÇA Aposentada sofre com doença rara


23 de junho de 2011


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Antônia Vieira Barbosa, ao lado da família, pai, mãe e filho. Ela aguarda ajuda para o tratamento
FOTO: ANTÔNIO VICELMO

Antônia Vieira Barbosa, portadora de uma escoliose congênita, do Crato, não tem recursos para se tratar

Crato Uma mulher de 39 anos, mãe de um filho de 8 anos, encontra-se entre a vida e a morte, presa a um tubo de oxigênio, no Distrito de Ponta da Serra, a 20Km do Crato. Trata-se de Antônia Vieira Barbosa, portadora de uma escoliose congênita, patologia associada principalmente a anomalias como malformações vertebrais e dos arcos costal, que se torna, em geral, evidente no primeiro e segundo ano de vida. A doença provoca insuficiência respiratória, condição na qual o oxigênio não passa dos pulmões para o sangue em quantidades suficientes. O médico pneumologista, Antônio Macedo Cruz, diagnosticou a doença como "Grave Distúrbio Misto".

O mais grave é a absoluta falta de condições para manter o tratamento. Aposentada por invalidez, o que lhe garante um salário mínimo mensal, a paciente consome cinco tubos de oxigênio por mês que custam R$ 600,00. Dois deles são doados pela Secretaria de Saúde do Município, que também disponibilizou um Bipap, aparelho eletrônico que custa cerca de R$ 10 mil, destinados a pacientes com distúrbios respiratórios do sono, que é usado durante a noite.

Mesmo com estes equipamentos ao lado de sua cama, Antônia está com os dias contados. Segundo os médicos que a atenderam, ela teria cerca de cinco anos de vida. Ultimamente, ela foi orientada por uma pneumologista a procurar um tratamento em Fortaleza. O problema é a falta de recursos. "Ela não tem condições de ir a Barbalha", diz, resignado, o seu pai José Gomes Barbosa, lembrando que a família tem feito o possível e o impossível para tratar de Antônia.

Com uma sentença de morte na cabeça, Antônia não perde a esperança. Ela garante que vai lutar até o fim para continuar vivendo, muito embora sinta que a cada dia está mais debilitada. Seu desejo é ser transferida para um centro de saúde maior.

Antônia nasceu com uma deformidade na coluna vertical. Mesmo assim, teve uma infância relativamente normal. Brincou e trabalhou com o pai, batendo tijolo para construções. Na adolescência, trabalhou como doméstica e estudava à noite. A doença se agravou nos últimos cinco anos.

Fique por dentro
Respiração

A entrada de ar para os pulmões ou inspiração ocorre pela ação da musculatura respiratória. O principal músculo deste processo, o diafragma, responde por 2/3 da ventilação. Este músculo separa o tórax do abdome e, ao se contrair, desce em direção ao abdome, fato que leva a uma expansão da caixa torácica. Além do diafragma existe a musculatura intercostal que, como o próprio nome se refere, encontra-se entre as costelas. Durante a inspiração, estes músculos empurram a parede torácica "para fora", o que contribui ainda mais para o aumento do tórax. Um dos mais importantes fatos sobre a respiração nos pacientes com patologia neuromuscular é que não existe nenhum problema com a membrana de trocas gasosas. Os pulmões são normais. Os problemas mecânicos decorrentes da fraqueza da musculatura respiratória são o motivo do impedimento da chegada de oxigênio aos sacos alveolares e, portanto, levando a uma hematose deficiente.

MAIS INFORMAÇÕES

Antonia Vieira Barbosa
Rua Raimundo de Souza Brasil, 16
Ponta da Serra - distrito do Crato
Telefone: (88) 9268.5313

Antônio Vicelmo
Repórter

Fonte Diário do Nordeste

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