sábado, 9 de outubro de 2010

DISPUTA CONTINUA Oito estados e o DF vão definir eleições no 2º turno ·



4/10/2010

Goiás, Rondônia, Roraima, Amapá, Pará, Alagoas, Paraíba e Piauí terão novo pleito no próximo dia 31

Brasília. Em oito estados e no Distrito Federal (DF), os eleitores terão de voltar às urnas no dia 31 de outubro para decidir em 2º turno quem será o seu novo governador.
No Distrito Federal, os eleitores escolherão entre o neopetista aliado a antigos personagens dos escândalos de pagamento de propinas, Agnelo Queiroz, que teve 48% dos votos, e a candidatura "laranja" da mulher do ex-governador Joaquim Roriz (PSC), barrado pela lei da Ficha Limpa, Weslian Roriz, que ficou com 31%. O crescimento da candidatura de Toninho do PSOL, que começou a campanha com 1% das intenções de voto, mas que recebeu 14,25%, provocou o segundo turno.
A disputa em Goiás será entre dois ex-governadores. O tucano Marconi Perillo obteve 46,03% dos votos válidos, enquanto o peemedebista Iris Rezende somou 36,38%. Em terceiro ficou Vanderlan Cardoso (PP), ao somar 16,67%. Tanto Perillo quanto Rezende já foram duas vezes governadores de Goiás.
Em Rondônia, Confúcio Moura (PMDB) e João Cahulla (PPS), que concorre à reeleição, disputam o governo. Moura, que foi deputado federal por três mandatos, teve 44% dos votos válidos, contra 37% de Cahulla, atual governador e que tem o apoio de Ivo Cassol (PP). Eduardo Valverde (PT) marcou 18%, e Marcos Sussuarana (PSOL), 0,72%.
Já em Roraima, o ex-governador Neudo Campos (PP) teve 47,6% dos votos, enquanto seu principal adversário, o governador Anchieta Júnior (PSDB), teve 45,02%. O médico Petrônio Araújo (PHS) abocanhou 6,63%.
O Amapá não reelegeu o candidato à reeleição, Pedro Paulo (PP), preso em setembro durante a Operação Mãos Limpas, suspeito de envolvimento em suposto esquema de corrupção no estado. A definição de quem iria disputar o segundo turno foi apertada. Lucas Barreto (PTB), com 28,93% dos votos, e Camilo Capiberibe (PSB), com 28,71%, voltam a se enfrentar no dia 31. O ex-presidente da Assembleia Legislativa Jorge Amanajás (PSDB), que também teve o nome citado na operação ficou com 28,19%.
No Pará, a disputa também foi acirrada. O ex-governador Simão Jatene (PSDB) teve 49,96% dos votos, enquanto a atual governadora, Ana Júlia Carepa (PT) ficou com 36,01%. O terceiro colocado foi Juvenil (PMDB), com 10,72%.

Nordeste

O ex-presidente Fernando Collor de Mello (PTB) ficou de fora do segundo turno de Alagoas, que será disputado pelo governador Teotônio Vilela Filho (PSDB), que teve 39,58% dos votos, e pelo ex-governador Ronaldo Lessa (PDT), que ficou com 29,16%. Collor ficou em terceiro lugar, com 28,81%.
Vilela, que até 15 dias antes da eleição aparecia em terceiro nas pesquisas, acreditava que poderia vencer já no primeiro turno. O governador disse que irá trabalhar para eleger o candidato tucano à Presidência, José Serra, no segundo turno. "Vou procurar de todas as formas ajudá-lo aqui", afirmou. Collor, que foi vaiado ao votar em Maceió ao lado da mulher Caroline Medeiros, e das filhas gêmeas, não comentou a derrota.
A polarização entre Ricardo Coutinho (PSB) e o atual governador do Estado José Maranhão (PMDB) levou os candidatos ao segundo turno na Paraíba. Coutinho teve 49,74% dos votos válidos, enquanto Maranhão obteve 49,30% (ou 933.548). Os demais candidatos não chegaram a 1%. A campanha eleitoral na Paraíba foi marcada desde o início pela disputa acirrada entre Maranhão e Coutinho, com vantagem nas pesquisas para o primeiro.
Maranhão herdou o cargo depois da cassação do ex-governador Cássio Cunha Lima (PSDB). É tido como favorito, e apoiado pelo presidente Lula.
No Piauí, o governador Wilson Martins (PSB), que conquistou 46,36%, enfrentará Silvio Mendes (PSDB), que teve 30,13%. No novo pleito, os tucanos tendem a se unir ao PTB, numa coligação branca, porque não será formalizada, operando o Movimento 59, a soma do número das duas siglas, para enfrentar Martins. O porcentual da abstenção foi histórico e beira 20%.
Martins disse que começa uma nova eleição e trabalhará ainda com mais afinco. "A luta continua. Temos uma campanha propositiva e queremos manter a ética", garantiu o governador.
Silvio Mendes afirmou que só vai falar sobre o 2º turno após avaliar o quadro político. "Não sou atrevido, mas estou feliz", declarou o tucano, que já foi prefeito de Teresina, capital do Piauí.

FONTE DIARIO DO NORDESTE

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