A verdade é que qualquer lésbica assumida a certa altura da sua vida já se colocou esta questão: ”Será que sou lésbica?”. Outra verdade é que muitas mulheres heterossexuais também já se questionaram da mesma forma, o que é absolutamente normal, e faz parte de nós como pessoas questionarmo-nos e não assumir certezas absolutas. Assim como saber se é realmente lésbica ou só alguém curioso com o assunto? Ter este tipo de dúvidas não é só comum nos adolescentes onde as dúvidas em relação à sexualidade são bastantes frequentes. Existem mulheres que sempre se consideraram lésbicas e outras que o descobrem quando já são casadas há mais de 20 anos. Procurar um método científico ou eficaz que responda às suas dúvidas sobre a nossa sexualidade é uma demanda perfeitamente legítima; e não se pode deixar de concordar que se pudéssemos determinar a sexualidade através de um simples questionário poderia evitar-se muito sofrimento emocional. Infelizmente só com um questionário ou com outro método rápido não se pode determinar a sexualidade num ápice. Descobrir a orientação sexual não é simples e rápido, como tomar um comprimido para a dor de cabeça. Esta procura é algo que demora tempo e requer um autoconhecimento muito profundo e uma sinceridade pessoal muito frontal. Por vezes é boa idéia falar com um psicólogo(a), ou mesmo com um grupo de lésbicas que se estejam na fase de se revelarem.
Muitas mulheres identificam-se como lésbicas depois de experienciarem sentimentos por outra mulher. Outras mulheres só depois de anos de relações e atrações por outras mulheres é que se assumem como lésbicas. Muitas mulheres ficarão sempre atraídas por homens e por mulheres sendo consideradas bissexuais. O importante é saber que a sua orientação sexual não é algo que escolha ou que possa comprar ou mesmo um simples capricho. A única coisa que pode verdadeiramente escolher é agir de acordo com a sua sexualidade ou decidir não o fazer. Se tem uma relação que considera uma relação boa com um homem há bastante tempo e se vê atraída por outra mulher isso não quer dizer que seja lésbica, pode simplesmente ser bissexual e ignorar o fato. A verdade é que se sentir unicamente atraída por mulheres e o seu marido não for mais que um bom amigo, a probabilidade de ser lésbica é muito grande. Então para a ajudar a descobrir se é uma lésbica considere o seguinte:
Sente-se mais excitada com a ideia de beijar uma mulher ou um homem?
Sente-se mais atraída por corpos femininos do que por masculinos?
Com quem fantasia mais, com homens ou com mulheres?
A palavra lésbica vem do latim lesbius e originalmente referia-se somente aos habitantes da ilha de Lesbos, na Grécia. A ilha foi um importante centro cultural onde viveu a poetisa Safo, entre os séculos VI e VII a.C., muito admirada por seus poemas sobre amor e beleza, em sua maioria dirigidos às mulheres. Por esta razão, o relacionamento sexual entre mulheres passou a ser conhecido como lesbianismo ou safismo.
Muitos termos foram usados para descrever o amor entre mulheres nos últimos dois séculos, entre os quais: amor lesbicus,urningismo,safismo,tribadismo, e outros.Não existe uma causa definida para o lesbianismo, assim como não se tem uma causa definida para qualquer tipo de orientação sexual. Ao se discutir o lesbianismo, deve-se manter em mente o fato de que as lésbicas, tal como outros grupos, ainda são alvo de muita discriminação. Esta discriminação geralmente começa no próprio lar, depois estende-se à escola e, subseqüentemente, ao trabalho. No entanto, na entrada do novo milênio muitas empresas passaram a conceder os mesmos benefícios aos seus funcionários que vivem em relações estáveis com uma pessoa do mesmo sexo (casais gays e lésbicos) e o próprio INSS, no Brasil, reconhece o direito a pensão por morte da companheira.
Certos Estados e Municípios brasileiros também estão fazendo o mesmo para suas servidoras. Uma estrangeira lésbica que estabelecer relação estável com uma mulher cidadã brasileira tem direito (desde 2004) a um visto de residência (temporário ou permanente, dependendo de suas necessidades) no Brasil. O mesmo é válido para casais binacionais de homens. Nem todas as lésbicas têm uma ditada aparência e comportamento, conforme dita o estereótipo popular, isto é, não existe uma aparência lésbica e já está ultrapassada a idéia de que todas as lésbicas querem ser homem.Desde de 1993, a Organização Mundial da Saúde (O.M.S.) retirou o lesbianismo, bem como a homossexualidade como um todo, de sua lista de doenças, reconhecendo, enfim, não se tratar de nenhuma disfunção.Conselhos Regionais de Psicologia de todo o país vem punindo psicólogos(as) que se propõem a curar o lesbianismo. Uma Resolução do Conselho Federal de Psicologia, datada de 1999, proíbe os psicólogos de tratar a homossexualidade como doença, distúrbio ou perversão.
Homofobia é um termo moderno utilizado universalmente para descrever um mal social que afeta muito todas as pessoas homossexuais, inclusive lésbicas. Literalmente, o termo significa medo de homossexuais. Este medo freqüentemente se traduz em agressividade verbal ou até mesmo física em alguns casos. Portanto, a homofobia, assim como o racismo, são comportamentos anti-sociais indesejáveis.
Fontes: Mitologia Grega – OMS (Organização Mundial da Saúde) CID (Classificação Internacional das Doenças). Livros, Artigos, Bancadas de Teses.
Não Ao Ato Médico–Sim a Emancipação da Ponta da Serra.
São Paulo 06/04//10 Artigo XIV – www.sosdrogasealcool.org
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