quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

VIAGEM

Viajando neste final de semana para o Estado de Minas Gerais. Saio de casa já direto na Rodovias Anhanguera , moro em frete. Ponho um cd de vários cantores, estilo variado. Vejo o valor do etanol, deixo passar alguns postos e quaze chegado em Jardinópolis, cidade vizinha, encho o tanque. Uma vergonha, poucos kilômentros de distância e a diferença já conta como uma boa economia.Sigo a rodovia, sentido norte de Minas, tudo tranqüilo, hoje parece ser um ótimo dia pra viajar.
A paisagem do estado de SP parece um tapete verde, predomina aqui a cana de açúcar, a simplicidade que se transforma em riqueza e nobreza. É lindo viajar pelo estado de São Paulo, mesmo porque suas rodovias são bem cuidadas,não sendo pra menos , pagando-se pedágio e sendo um dos mais caros do Brasil. Entrando no estado de Minas já começa pela beleza da divisa que é o rio grande uma maravilha para os olhos, sendo a próxima cidade Uberaba, isto porque estou dirigindo-me à Uberlndia. Começa então outro tipo de beleza, lá predomina o pasto, mesmo tendo seus morros, a pastagem continua subindo com toda força da boa plantação. A vista não se cansa de admirar a boiada, cada um mais belo que o outro. Ho! coisa linda de se ver, é o boi pastando tranqüilamente, uma lagoa de aguas limpas, e muitas terras cobertas com verde até chegar ao horizonte. Como é lindo esse meu Brasil, só tenho uma tristeza pra contar:É coisa feito pelo homem, é maldade, é violência é o fogo ateado na beira da estrada, que se alastrando, matando e devorando tudo que tem pela frente, são árvores são animais, é uma sinfonia de gritos e assovios, é mato chorando seiva, quem tem asas se põe a voar, quem tem seus ninhos com seus indefesos ovos ou mesmos seus passarinhos que não aprenderam a voar chorando um assovio tristes por deixar-los abandonados a triste sorte é que o fogo medonho deixando tudo em cinzas ardentes. Paro o Carro e fico em um desespero total, meu choro mistura-se aos deles que só tem a Deus pra Gritar. Eu fico ali sem nada poder fazer.
Não tem mesmo o que se fazer dona, olho e vejo um andarilho e seu cãozinho que solidário a minha dor encostam na beira da estrada e também lamentam suas dores. O homem diz com voz cortada pela emoção: É Dona a vida indo embora sem menor direito de defesa, tudo isto muitas vezes por causa de um vicio danado que o é cigarro,os animais e até mesmo casebres, que tem moradores, trabalhadores, pessoas que vivem do que a terra lhes dar, esses muitas vezes ainda podem escapar e com grande tristeza olham o majestoso, o furioso e indomável fogo a mata devorar lambendo tão rapidamente
como começara. Enquanto que a homem fumante mata devagar.Porém ele tem chance de se curar ou opção de não se viciar, esse vicio maldito que destrói homens e faz tanto mal a natureza. E o cachorrinho uivando como a lamentar o acontecido, deu-me tanta tristeza que fiquei por horas ali sentada olhando já quase sem avistar as labaredas do outro lado do morro.
Só depois de muito tempo, voltei segui minha viagem, agora ouvindo uma música que falava de amor e paixão e fiquei a imaginar porque é tudo tão mal dividido? Mal administrado? Tudo tão desigual? Por que Deus não é para todos uma só divindade? Pois penso que assim seria tudo mais fácil, o amor teria prioridade tanto para amar a si mesmo como ao próximo, como amar a Deus em primeiro lugar.
Minha viagem ao meu destino dura em média sem paragem 2:30, mas demorei muito mais que isto, parecia que neste dia eu tinha que ver a morte passando por perto de mim, encontrei vários sinais de desviar para pista direita, vi muitas luzes e alguns caros parados, parei também mas veio logo um homem uniformizado dando sinal para os carros seguirem, chegando bem perto pergunte-lhe o ocorrido ele andando me acompanhando disse: Sono ou bebida, não tem outra explicação, aí foi que avistei uma carreta atravessa, virada da pista sentido São Paulo, a frente toda amassada e um corpo esticado no chão coberto com plástico preto. Ai que viagem mais triste, de-me vontade de voltar, ficar perto das pessoas mais queridas que deixei pra traz. Liguei o celular e e fiquei a escutar minha filha chamar: Mamãe? Mamãe o que foi? Está tudo bem? Que aconteceu? Eu tive que criar forças para responder sem tristeza: Liguei só pra dizer que eu amo muito vocês. Fiquem com Deus. Eu estou bem e quase chegando em Uberlândia.
Eu que viajo tanto, estou sempre nas estradas, sempre vi muitas coisas diferentes e nunca quis relatar para meu leitores ( alguns garanto que tenho)porém desta vez quem sabe sirva de alerta ao menos para um fumante que seja: Não joguem acessas suas pontas de cigarros. E mais não dirijam embriagados ou com sono...
Realmente lhes peço desculpas por um texto tão triste,porem mais triste ficaram os parentes do motorista morto e a mata e os animais que nem tem quem chore por ele.
Íris Reflete

Um comentário:

Arcoiris No Horizonte disse...

Obrigada por postar, este texto é um alerta aos fumantes irresponsáveis que jogam os pontas do cigarros ainda acessos na beira da estrada.
Faço referencia também aos motoristas que dirigem embriagados ou com sono
Maria Irismar Pereira de Souza