Por mais de dois meses, nas profundezas de uma mina, sem luz e completamente isolados, um grupo de homens desafiou a morte. Os trinta e dois chilenos e um boliviano, vivendo uma tragédia pessoal, acabaram por escrever uma página das mais belas na história do continente latino-americano.
O Chile, grande país de tradição democrática, após haver purgado duas décadas de feroz ditadura do sanguinário Pinochet, reencontrou-se não faz muito com a liberdade e possui economia das mais sólidas e pujantes. Sua riqueza vem da pesca, da fruticultura, dos vinhos e do cobre. Em todas elas, a mão do homem, a força do trabalhador. E no centro da terra, na escuridão de uma mina, aqueles operários forjavam a grandeza de seu país, contribuindo para a riqueza do Chile e a emancipação dos chilenos.
Que dura é a vida dos que carregam as Nações! São os operários nas fábricas dos cinturões industriais das grandes metrópoles; são os agricultores que tiram da terra o nosso alimento com as próprias mãos; são os mineiros na escuridão dos túneis e na profundeza das escavações insalubres opulentando a Pátria com suas riquezas minerais; são os professores nas salas de aula ensinando gerações, democratizando o alfabeto, parindo destinos; são os comerciários, na lida diária; são os prestadores de serviços, dinamizando o mercado; são os empreendedores, acreditando em sonhos, gerando divisas e empregos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário