sábado, 11 de setembro de 2010
A Pedra de Yoyô - Por: Antonio Correia Lima
Desde quando comecei a ter entendimento de vida, ouvi muito se falar da referida pedra, que fica por trás da residência de Milson Leite, à beira da antiga estrada que dava acesso à sede do nosso distrito( antes da construção da estrada atual).
Antigamente a estrada dava uma volta e passava em frente à antiga casa, que serviu de moradia para Zé Bezerra, filho e herdeiro do Professor José Bizerra de Brito, para o Sr, Inácio Ferreira Leite, depois para o seu filho Belo Leite. Por último quem residiu por muitos anos na dita casa foi o casal Pedro Santana e Dona Neném , pessoas muito prestativas e queridas por todos da região.
Sempre ouvi falar de Yoyô como sendo um membro da nossa família ( Correia Lima do Juá), mas só depois que iniciei minhas pesquisas sobre as nossa origens( de todas as famílias da região), é que vim saber, realmente, quem era Yoyô. Ele era o meu tetravô( avô do meu avô Cícero Correia ). Era também, avô materno de Geraldo Lima, de Maria Gondinha, e outros, tendo morado no sítio Juá no final do século XIX e início do XX.
Seu nome verdadeiro era Manuel Joaquim Junior (Correia), tendo sido casado duas vezes. Do primeiro casamento, com Paulina Josepha do Sacramento, são seus filhos: Antonio Correia da Silva( sem muitas informações, Luciana Correia( avó de Cazuza Chato) e João Paulino Correia( Papai Correia), o meu bisavô paterno, c.c. Vicência Maria da Conceição (Yayá), na Matriz do Crato em 02/01/1883, onde ambos eram moradores. Deste casal emanam os “Correia Lima”, do Juá. João e Yayá eram os pais de José, Cícero, Antonio, Isabel, Luiza, Maria ( Primeira mulher de Raimundo Ribeiro de Matos),
Com a morte da sua esposa, e já muito velho, casa-se com Marculina Maria da Conceição que era irmã de Yayá, sua nora, casada com seu filho João Paulino Correia. Desse casamento nasceram:
Voltando à história da “Pedra de Yoyô”, devo dizer, que segundo informações da própria família, Yoyô pedia esmola, sentado nessa pedra, apesar do filho João Paulino ser um homem de algum recurso, pois, era proprietário de uma boa área de terra, que compreendia o sítio Juá de Baixo , ou Juá dos Correia. Dizem que o filho havia lhe destratado e ele por vingança pedia esmola para não depender dele. Inclusive, a Marculina não colocou nos seus filhos o sobrenome Correia em protesto contra seu enteado
A segunda mulher do Yoyô, Marculina Maria da Conceição e Vicência Maria da Conceição (Yayá) casada com seu filho João Paulino, eram irmãs e descendiam dos Lima ( depois LimaVerde) , do sítio Fábrica,
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3 comentários:
Como formado em Historia é claro e como bom pesquisador deu trabalho pro professor tudo este caso juntar e depois escrever...Agora oferecer pra esta pobre cabocla que vive em terras distantes e que cada palavra nesta historia contada veio com vozes firmes e fortes de pai Correia e do meu tio Luiz correia, as vezes ele nos permitia ir dormir depois da hora do Brasil que era pra ele falar um pouco mais com os netos e os filhos sobre tudo isto que o professor citou, é claro que não com tanta precisão de datas, mas ele sabia enfeitar que pra todos o escutar com muito mais atenção.Lembro de tudo como se fosse agora eu sentada na varanda sobre o claro do lampião, de vez enquanto ela pegava sua caneca contendo não sei o que e bebia um demorado gole, deixando-nos impaciente pra o resto da historia ouvir, quando alguém o interrompia e fazia uma pergunta, ele falava assim:" Quer saber mais que, cabra inxirido?" E assim pude constatar que de fato você estudou bem, pois eu lembro até dos nomes que você mencionou. Dos Macenas lembro que era uma turma danada e mora do mesmo lado do tio Luiz Correia.
E assim acabava o liquido da caneca, levantava de um salto e dizia " cada um pras suas casas que amanhã é dia de lida"Depois desta ordem dada era uma tal de bençã pai, beça mãe, beço pai correia e bença mãe Fina e cada um ia pro seu destino, dormir seu sono tranqüilo de quem tinha alguém mais velho pra nos contar o passado pra dele nunca esquecermos. E se por acaso esquecesse, tem estes recursos milagrosos da moderna escritura e os homens de boa vontade que nesta ciência se torna mestre.
Eu que tenho mais uma vez lhe agradecer Antonio Correia por tamanha alegria que encheu minha tarde e fiquei aqui louca pra criar asas e voar até ai e juntar-me ao "Tio" em cima da pedra do YoYô. Mas com toda minha alma garante que muitas vezes lá eu compareço, pois não tem uma semana sequer que não sonhe andando a pé pelos matos secos que hoje se fazem paisagem.
Um abraço de todo coração por esta saudade alegre que me deste de presente neste domingo que me faço tão só dos meus velhos e queridos parentes.
Íris Pereira
Como formado em Historia é claro e como bom pesquisador deu trabalho pro professor tudo este caso juntar e depois escrever...Agora oferecer pra esta pobre cabocla que vive em terras distantes e que cada palavra nesta historia contada veio com vozes firmes e fortes de pai Correia e do meu tio Luiz correia, as vezes ele nos permitia ir dormir depois da hora do Brasil que era pra ele falar um pouco mais com os netos e os filhos sobre tudo isto que o professor citou, é claro que não com tanta precisão de datas, mas ele sabia enfeitar que pra todos o escutar com muito mais atenção.Lembro de tudo como se fosse agora eu sentada na varanda sobre o claro do lampião, de vez enquanto ela pegava sua caneca contendo não sei o que e bebia um demorado gole, deixando-nos impaciente pra o resto da historia ouvir, quando alguém o interrompia e fazia uma pergunta, ele falava assim:" Quer saber mais que, cabra inxirido?" E assim pude constatar que de fato você estudou bem, pois eu lembro até dos nomes que você mencionou. Dos Macenas lembro que era uma turma danada e mora do mesmo lado do tio Luiz Correia.
E assim acabava o liquido da caneca, levantava de um salto e dizia " cada um pras suas casas que amanhã é dia de lida"Depois desta ordem dada era uma tal de bençã pai, beça mãe, beço pai correia e bença mãe Fina e cada um ia pro seu destino, dormir seu sono tranqüilo de quem tinha alguém mais velho pra nos contar o passado pra dele nunca esquecermos. E se por acaso esquecesse, tem estes recursos milagrosos da moderna escritura e os homens de boa vontade que nesta ciência se torna mestre.
Eu que tenho mais uma vez lhe agradecer Antonio Correia por tamanha alegria que encheu minha tarde e fiquei aqui louca pra criar asas e voar até ai e juntar-me ao "Tio" em cima da pedra do YoYô. Mas com toda minha alma garante que muitas vezes lá eu compareço, pois não tem uma semana sequer que não sonhe andando a pé pelos matos secos que hoje se fazem paisagem.
Um abraço de todo coração por esta saudade alegre que me deste de presente neste domingo que me faço tão só dos meus velhos e queridos parentes.
Íris Pereira
Irismar, a próxima postagem será um passeio, como de antigamente, da "Rua"( sede de Ponta da Serra), passando pelo Juá de Baixo( dos Correia), juá dos Izaquié, juá dos Mané João, Juá dos Pedro, Juá dos Joel( ou de Derval) e Juá dos Morais( ou juá de Cima).
Já estou com as fotos prontas e espero amanhã realizar esse trabalho.
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