quinta-feira, 30 de setembro de 2010

A mídia comercial em guerra Por Leonado Boff* 29/09/2010

Sou profundamente a favor da liberdade de expressão, em nome da qual fui punido com o “silêncio obsequioso”pelas autoridades do Vaticano. São os donos do Estado de São Paulo, da Folha de São Paulo, de O Globo, da revista Veja, na qual se instalou a razão cínica e o que há de mais falso e chulo da imprensa brasileira. Custa-lhes aceitar que um operário, nordestino, sobrevivente da grande tribulação dos filhos da pobreza, chegasse a ser presidente. A liderança nunca se reconciliou com o povo.

Pois esse é o sentido da guerra que movem contra Lula.
Os donos e seus aliados ideológicos perderam o pulso da história. Não há mais lugar para coronéis e de “fazedores de cabeça” do povo. Quando Lula afirmou que “a opinião pública somos nós”, frase tão distorcida por essa midia raivosa, quis enfatizar que o povo organizado e consciente arrebatou a pretensão da midia comercial de ser a formadora e a porta-voz exclusiva da opinião pública. De miseráveis se fizeram pobres laboriosos, de pobres laboriosos se fizeram classe média baixa e de classe média baixa se fizeram classe média. Esta abria amplo espaço à corrupção das elites e dava preponderância aos interesses das classes opulentas e ao seu braço ideológico, que é a mídia comercial. A democracia participativa escuta os movimentos sociais, faz do Movimento dos Sem Terra (MST), odiado especialmente pela Veja (que faz questão de não ver…), protagonista de mudanças sociais não somente com referência à terra mas também ao modelo econômico e às formas cooperativas de produção.

Esse Brasil é combatido na pessoa do presidente Lula e da candidata Dilma. Irão triunfar a despeito das más vontade deste setor endurecido da midia comercial e empresarial.
*Leonardo Boff é teólogo, filósofo, escritor e representante da Iniciativa Internacional da Carta da Terra.

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FONTE: ENVOLVERDE

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