sábado, 10 de novembro de 2012

I ENCONTRO NACIONAL DA FAMÍLIA XENOFONTE


ORIGEM: segundo, Seu Bernardo Xenofonte, um dos netos de Daniel Xenofonte de Oliveira, num tempo que não sabe precisar, chegaram no sítio Bebida Nova, nos pés de Serra do Crato, dois portugueses solteiros, onde fixaram residência Eram conhecidos de todos nesta região por “ Os Xenos Crato”. Sendo “Xenos” um radical grego que, significa estrangeiros” podemos traduzir o termo acima como “Estrangeiros do Crato”. Um dos irmãos resolveu mudar-se para Iguatu CE, enquanto o outro ficou nesta região.
Outro membro da família informou que “Daniel, por motivo de um crime de morte na família Leite,e com a chegada do 1º cartório de registro de nascimento na cidade do Crato, em 1888, resolveu mudar o sobrenome (“Leite” para “Xenofonte”) seu e de seus irmãos” numa homenagem ao Filósofo grego Xenofonte.
Devo ressaltar que pesquisando os livros de casamentos na cúria diocesana de Crato verifiquei que nos assentos do casamento de Daniel, em 04 de novembro de 1878, tanto ele como o Antonio, seu irmão, já se assinavam “Xenofonte” Dessa forma, esta primeira hipótese da família quanto a data da mudança do nome não se confirma
Para contrapor a outra hipótese da família de que a mudança foi em homenagem ao filósofo grego, apresento a minha hipótese, para discussão: Acredito que pelo fato dos dois irmãos portugueses serem tratados de “Xenos Crato”, isto é “estrangeiros do Crato”, entendo que por morarem ao lado das “fontes” dos pés de Serra, logicamente, passaram também a ser chamados de “Xenos das Fontes”, depois “Xenosfontes”, e por último “Xenofonte”.
A família Xenofonte de Oliveira teve um papel muito importante no processo de povoamento de Ponta da Serra, pois, Daniel foi proprietário e morador nas proximidades da povoação, onde em 1916/17 criou a Conferência de São Vicente de Paula, uma entidade ligada à Igreja que fazia um trabalho filantrópico amparando as pessoas mais pobres da comunidade. Moisés foi idealizador da construção da capela atual de São José, tendo encabeçado o movimento pro construção. Por isso, hoje, é nome de rua em nossa sede. Devemos lembrar o trabalho das “Beatas”, Rosa e Raimunda, filhas do Daniel, que muito contribuíram nos movimentos da igreja, inclusive moraram na povoação nas décadas de 1920/30/40. (Veja foto acima)

Vejamos dois documentos transcritos na íntegra dos livros de casamentos da Cúria diocesana do Crato.
Casamento Religioso Transcrito na Íntegra

Por: Antonio Correia Lima, aluno do VII semestre do curso de História da Urca
Fonte: Livros de casamentos da Freguesia de Crato
Departamento de Histórico Diocesano Padre Gomes

Em quatro de novembro de mil oitocentos e setenta e oito de minha licença escrita na provisão do Bispo Diocesano de vinte e hum de setembro deste ano, no sítio Teotônio desta Freguesia do Crato, em oratório particular em Casa de Antonio Xenofonte de Oliveira, o Padre Francisco Rodrigues Monteiro, em presença das testemunhas João Clodoaldo Linhares, e Antonio Xenofonte de Oliveira, uni em matrimônio, e dei as benções nupciais e Daniel Xenofonte de Oliveira com Anna Maria de Jesus, brancos, naturais desta freguesia, e moradores no mesmo sítio, tendo sido dispensados pelo mesmo diocesano, no mesmo dia em 3º grao e mais em 4º grao com atingência ao terceiro de consangüinidade lateral. Do que para constar, fis seu assento em que mi assigno em vista da certidão que passou o dito padre.

(Livro Nº 12 – de 1878 A 1880 - Freguesia do Crato)

Manuel Joaquim Aires do Nascimento – Parocho




Editais de Casamentos Religiosos Transcritos na Íntegra

Por: Antonio Correia Lima, aluno do VIIIsemestre do curso de História da Urca
Fonte: Livros de casamentos da Freguesia de Crato
Departamento Histórico Diocesano Padre Gomes



DENUNCIAÇÕES: 31 de agosto, 4 e 8 de setembro de 1890


Confavor de Deus quer casar-se Moysés Xenofonte de Oliveira filho legítimo de Manuel Leite D’Oliveira e Josepha Baptista D’Oliveira, fallecidos, com Josepha Leopoldina de Lima, filha legítima de Raymundo Gonçalves da Costa e Gertrudes Liberalina Maia. Os nubentes sam naturais e moradores nesta freguesia do Crato.



ÁRVORE GENEALÓGICA


José da Silva Silveira, Português que vivera no sertão do Ceará em finais do século XVIII, casou-se com uma jovem da família “Leite” de Santana do Cariri.
Pai de

Manuel Leite de Oliveira c.c. Josepha Baptista D’Oliveira, tendo sido ele, Deputado Provincial em 1838. Em setembro de 1890, quando casou seu filho Moisés, ambos já eram falecidos.
Pais de

01 – Daniel Xenofonte de Oliveira
02 – Moisés Xenofonte de Oliveira
03 – Antonio Xenofonte de Oliveira
04 – Maria (Marica)
05 – José Xenofonte de Oliveira


3 comentários:

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