sábado, 10 de agosto de 2013

NOTÍCIAS DO BRASIL: UM PAIS DE TODOS

IDHM: RETRATO DO BRASIL QUE AVANÇA    Delúbio Soares (*)


Não há discurso ou propaganda política que substitua a realidade dos fatos: na última década o Brasil apresentou um avanço impressionante em seus indicadores sociais e econômicos. Nossa entrada no século 21 se deu de forma arrojada, apresentando-se ao mundo como moderna e promissora Nação, aquela fadada a figurar entre os protagonistas ricos e poderosos da nova era.  

Vínhamos, em verdade, de uma sucessão de desencontros e fracassos, colecionando derrotas e decepções, que se agudizaram nos anos infames do neoliberalismo do governo de Fernando Henrique Cardoso, com a obsessiva entrega a preço de liquidação de grandes empresas públicas, verdadeiras riquezas nacionais. Na década de 90, sob a égide do governo do PSDB, conhecemos com contumácia e regularidade os balcões humilhantes do FMI e sua política draconiana, além do arrocho salarial levado às últimas consequências, o descaso para com as políticas sociais, sendo os servidores públicos transformados em inimigos da administração federal e, incrivelmente, os aposentados chamados de “vagabundos” pelo próprio presidente da República! Naquele país que quebrara três vezes, tudo parecia perdido. Ainda assim, a sociedade civil por seus méritos próprios se organizou e reagiu.

Em 2002, a grande virada. Com a eleição do presidente Lula o Brasil se reencontrou consigo mesmo. Não houve mágica ou se surfou em alguma miraculosa onda internacional favorável. Nada disso. Estabeleceu-se - isso sim - uma co-equação de responsabilidades, onde cada cidadã e cada cidadão brasileiros fizeram a sua parte, enquanto o governo do PT e dos partidos da base aliada fazia o que era necessário ser feito em benefício do país e em socorro de uma sociedade combalida.

Como que coroando uma década dos governos democráticos e populares dos presidentes Lula e Dilma, a Organização das Nações Unidas (ONU) divulgou estudo demonstrando o impressionante avanço de nossas cidades, especialmente após 2002. Nas últimas duas décadas o IDHM (Índice de Desenvolvimento Humano nos Municípios) brasileiro cresceu 47,5%, saindo de uma avaliação de “muito baixo” para “alto”. Enquanto isso, o percentual de cidades que apresentavam a avaliação de “muito baixo” em 1991 era de avassaladores 85,8% contra ínfimos 0,6 em 2010. Tais conclusões fazem parte do criterioso “Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil em 2013”, produzido conjuntamente pela ONU, pelo IPEA (conceituado instituto ligado à Presidência da República) e a Fundação João Pinheiro, do Governo de Minas Gerais.

O IDHM mede o desempenho das cidades em importantes quesitos: expectativa de vida, escolaridade e renda. A educação, mesmo sendo o que apresenta a evolução mais considerável, ainda é um entrave para o pleno desenvolvimento dos Municípios, já que seu nível é considerado apenas “médio” na grande maioria deles todos. Ainda há muito a ser feito, já que em quase 30% das cidades a nota dada pela pesquisa é insatisfatória. Nos anos anteriores aos governos de Lula e Dilma esse percentual era praticamente o dobro, tendo sido na gestão do presidente Lula que o Brasil alcançou recordes e quebrou barreiras (crescendo 18,7%), atingindo patamares que levaram a educação à classificação “alta” na tabela do IDHM da ONU: 0,727 em 1,000.

A longevidade apresenta indicadores de primeiro mundo. A expectativa de vida dos brasileiros conseguiu chegar perto da nota máxima: 0,816 em 1,000. Estamos vivendo mais e melhor. Isso é fruto de uma qualidade de vida invejável se comparada a que tínhamos antes e é, também, uma das faces mais dignas do Brasil mais justo e fraterno que estamos construindo. Já a terrível mortalidade infantil apresentou a impressionante queda de 47% entre 2000 e 2010. Esse percentual, elevadíssimo, é autoexplicativo, nos enchendo de orgulho e alegria. 

A renda (mensal per capita) apresentou sensível elevação, chegando aos 0,739. A educação chegou aos 0,637 e precisa e deve crescer ainda mais. Os programas sociais de distribuição de renda implementados a partir de 2003 pelo governo Lula contribuíram sobremaneira para esse salto na vida das cidades, base maior onde se assenta nossa Federação. Não fossem tais programas, que diminuíram drasticamente as desigualdades, reduziram fortemente a fome e promoveram a inclusão de 40 milhões de brasileiras e brasileiros à classe média, não estaríamos hoje comemorando o desenvolvimento social e humano que a ONU nos atribui e reconhece.

Dos indicadores encontrados pelo estudo conjunto ONU/IPEA/Fundação João Pinheiro, algumas constatações saltam aos olhos: é preciso investir mais e melhor no Norte e Nordeste; a educação exige agora, mais que antes, todo o esforço e todo o incentivo possível para potencializar sua ação transformadora. Fora dela, não há salvação; os pequenos Municípios do Nordeste e da Amazônia, onde os indicadores ainda claudicam, dever ser prioridade na ação governamental no atendimento às suas populações.

Do IDHM ficaram, além dos gráficos, mapas, índices e importantíssimas informações de ordem técnica, uma certeza: o Brasil ajustou seu GPS no rumo certo, o do futuro grandioso de potência rica, democrática e socialmente justa.




BRASIL SEM INFLAÇÃO  Delúbio Soares (*)



Os mesmos veículos da imprensa que semanas atrás faziam eco ao terrorismo econômico e, de forma leviana e delirante, anunciam a volta do processo inflacionário, agora noticiam que a inflação de julho foi de 0,03%, a menor em três anos. E o fazem sem se desculparem com seus leitores, ouvintes e telespectadores que foram bombardeados por incrível noticiário absolutamente desvinculado da realidade, mas que serviu a interesses obscuros, permitindo alguma alta na cotação do dólar e semeando o medo e a desinformação.

O IPCA de junho chegou a irrisórios 0,26%, o que já serviu aos interesses de quem vive da mentira e faz oposição cega a um governo sério e competente. Isso foi o suficiente para se falar até na “volta da hiperinflação”. Agora ao nos deparamos com outro índice baixíssimo - a menor variação mensal desde julho de 2010 - chegamos à meridiana conclusão de que “o viés é de baixa”, na empolada linguagem dos comentaristas que povoaram os telejornais, trombetearam pelas ondas do rádio e encheram as páginas dos jornais, revistas e sites com previsões alarmantes, anúncios da hecatombe econômica e claras demonstrações de que possuem, mesmo, o que o presidente Lula diz ser o “complexo de vira-lata”. Para essa gente agourenta, impatriótica e irresponsável, o Brasil não é a potência emergente que o mundo reverencia, nem um país que em apenas uma década tirou 40 milhões de cidadãs e cidadãos da pobreza e da miséria, levando-os à nova classe média. Para eles o Brasil estaria (ou está) fadado à pobreza e ao sub-desenvolvimento. Pois são eles, os contumazes profetas do caos, que agora amargam a desmoralização das mentiras que disseminaram.

O preço dos alimentos caiu ainda mais e a inflação ficou em 6,27%, abaixo do teto estabelecido pelo próprio governo da presidenta Dilma Rousseff como meta (6,5%). E foram eles, simbolizados pelo tomate, que serviram para que os alarmistas de plantão atacassem a política econômica e fizessem uma boa parcela da população acreditar que estávamos vivendo um novo e perigoso processo de subida dos preços e carestia. 

O grande advogado e combativo ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh, coberto de razão, perguntou na internet se uma apresentadora de TV, depois de participar do terrorismo econômico com um ridículo colar de tomates, agora, diante da verdade e dos escândalos no metrô paulista, fartamente documentados e que envolvem o PSDB e seus principais líderes, irá se apresentar com o pescoço volteado pelos trenzinhos que renderam quase R$ 600 milhões em propinas aos tucanos. E o que dirá o presidente do PSDB, que em recente programa eleitoral gratuito na TV e no rádio, não apresentou uma nova idéia sequer para o país, mas transformou o prosaico tomate em personagem importante de sua oca pregação política? Vai fingir que não foi desmentido pela realidade dos fatos? 

Nos anos infames do governo de FHC, quando nossas maiores empresas foram doadas a preço vil em processo de privatização eivado de irregularidades e os salários sofreram o maior achatamento de nossa história republicana, em apenas 1 ano a meta inflacionária foi atingida, rompendo-a em todos os demais. E que tal recordar que Fernando Henrique, figura menor pateticamente incensada pela mídia, entregou o governo em 2003 para o presidente Lula, o PT e os partidos da base aliada, com impressionantes 12,53% de inflação acumulada e o dólar cotado a mais de R$ 4,00? No mesmo ano ela foi baixada para 9,3% e em 2004 os índices inflacionários começaram a despencar e a economia brasileira livrou-se da pesada herança deixada pelos longos e improdutivos 8 anos de governo fracassado do PSDB. Mas, por ventura, interessa à mídia anti-Lula e anti-Dilma mostrar que a economia brasileira vive faz uma década uma de suas melhores fases? Não.

Em 2003 o salário mínimo deixado por FHC e o PSDB/DEM era irrisório e vergonhoso, da ordem de R$ 200,00. Um trabalhador ganhava R$ 6,67 por dia de trabalho (R$ 0,91 a hora). Lula dobrou o valor, e hoje, com Dilma, o salário mínimo chega aos R$ 678,00, ou seja, R$ 22,60 ao dia (R$ 3,08 a hora). Que tal? Para nossos adversários, que tem o povo apenas como um índice a mais, uma preocupação a menos e nenhum comprometimento com a justiça social e a distribuição de renda, isso não tem a menor importância.


Os programas sociais implementados ao longo da última década, como a Bolsa Família e o Pro-Uni, por exemplo, mudaram a face humana, social e econômica do país. Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Os ganhos para a classe trabalhadora e a chegada de dezenas de milhões de brasileiros à uma nova e poderosa classe média, que consome mais, vive melhor e produz em benefício do país, não são inflacionários como querem fazer crer as urubólogas que agouram nossa economia e conspiram contra o sucesso do Brasil que emerge, rico e poderoso, dessa nova era.


Não nos iludamos. Os que acreditam no Brasil e nos brasileiros estão fazendo a sua parte. E eles são os trabalhadores, os empresários conscientes, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega, o PT e os partidos que dão sustentação ao governo, as forças vivas da nacionalidade. O resto é o resto, o de sempre, o do “quanto pior, melhor”, os que não se conformam com o êxito nem do país nem de seu povo. E eles serão sempre derrotados por suas mentiras e sua má-fé.


Há muito a ser feito, nós sabemos. Mas como sempre, em todos os processos históricos, o povo vencerá.


(*) Delúbio Soares é professor  www.delubio.com.br www.twitter.com/delubiosoares www.facebook/delubiosoares

companheirodelubio@gmail.com



Nenhum comentário: