domingo, 26 de junho de 2011

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Brasil promove seminário em Roma para tratar de cooperação na área agrícola

Posted: 24 Jun 2011 10:11 AM PDT


Os ministros Wagner Rossi (Agricultura), Antonio Patriota (Relações Exteriores) e Afonso Florence (Desenvolvimento Agrário) no seminário sobre Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais, promovido pelo Itamaraty na Embaixada do Brasil em Roma. Foto: Olímpio Cruz Neto/Ascom/Mapa

O Brasil tem intensificado, nos últimos anos, acordos de transferência de tecnologia na área agrícola com países vizinhos e africanos. O ministro da Agricultura, Wagner Rossi, disse que a expertise da ciência brasileira tem sido fundamental para o desenvolvimento nacional e que isso já está sendo vivenciado por alguns países africanos. “Nos últimos 50 anos, a produtividade de grãos saltou 774%”, comentou, destacando que a safra atual será de 161,5 milhões de toneladas.

Ele avalia que o futuro da produtividade agrícola mundial depende cada vez mais do salto de produtividade experimentado pela agricultura tropical. “Nós podemos fazer mais para assegurar os estoques e garantir o fornecimento de alimentos para os nossos povos”, afirmou. Rossi lembrou que nos últimos oito anos, quase 30 milhões de brasileiros ascenderam à classe média.

O ministro participou hoje (24/6)pela manhã, em Roma, do seminário de Cooperação Técnica: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais, promovido pelo governo brasileiro na embaixada na capital italiana. Ele destacou as experiências bem-sucedidas promovidas pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) em países como Moçambique, São Tomé e Príncipe, Gana e Guiné-Bissau. O presidente da Embrapa, Pedro Arraes, participou de dois painéis.

O ministro das Relações Exteriores, Antonio Patriota, abriu o evento falando da importância da realização e ampliação dos acordos de cooperação e parceria técnica com países sul-americanos e africanos. O ministro do Desenvolvimento Agrário, Afonso Florence, também participou do seminário. Ele falou do fortalecimento da agricultura familiar brasileira nos últimos anos.

Atuação

Outros programas brasileiros que vêm obtendo êxito e são referência para órgãos como o Banco Mundial (Bird) e a Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) foram abordados no seminário. É o caso do Plano Brasil sem Miséria, sob a responsabilidade do Ministério do Desenvolvimento Social.

No início da semana, a presidenta Dilma Rousseff autorizou o governo a promover a doação de estoques públicos de alimentos a países de língua portuguesa e outras 15 nações: Bolívia, El Salvador, Guatemala, Haiti, Nicarágua, Zimbábue, Cuba, Autoridade Nacional Palestina, Sudão, Etiópia, República Centro Africana, Congo, Somália, Nigéria e Coreia do Norte. Esses países foram atingidos por catástrofes naturais.

A doação do Brasil envolve 100 mil toneladas de milho, 500 mil toneladas de arroz, 100 mil toneladas de feijão, 10 mil toneladas de leite em pó e uma tonelada de sementes de hortaliças. As operações serão feitas pela Companha Nacional de Abastecimento (Conab).

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Brasil apresenta resultados e oportunidades de cooperação com países em desenvolvimento em Roma

Posted: 24 Jun 2011 06:02 AM PDT


Ministro Antonio Patriota (Relações Exteriores) diz que os cursos foram moldados no espírito da cooperação sul-sul. Foto:Antonio Cruz/ABr-Arquivo

O Brasil apresenta em Roma, nesta sexta-feira (24/6), o evento “Cooperação Técnica Brasileira: Agricultura, Segurança Alimentar e Políticas Sociais”. A iniciativa antecede a 37ª Conferência da Organização da ONU para a Agricultura e Alimentação (FAO), ocasião em que ocorrem as eleições para a direção-geral da FAO. O encontro é uma demonstração de apoio do governo brasileiro ao candidato José Graziano da Silva, postulante ao cargo.

Durante o evento, autoridades brasileiras mostrarão os esforços no combate à fome e à miséria, por meio da cooperação sul-sul. O seminário foi iniciado às 9h (horário local) no Palácio Pamphilli, Piazza Navona em Roma.

O encontro sobre cooperação técnica brasileira reúne representantes dos seis ministérios envolvidos com as ações internacionais em agricultura e segurança alimentar, além de oficiais de 40 países em desenvolvimento da África, do Pacífico, da América Latina e Caribe que mantém relações estreitas com o Brasil, por meio da cooperação bilateral e multilateral.

“Na medida em que o país tem buscado, internamente, a promoção de inclusão social, é perfeitamente compreensível que se dedique, no plano internacional, à cooperação com as demais nações em desenvolvimento”, afirma o ministro das Relações Exteriores Antonio Patriota, na apresentação dos cursos que serão oferecidos aos países participantes durante o encontro.

Nesta ocasião, o Brasil mostra o programa de 23 cursos de curta duração que serão oferecidos no segundo semestre a 40 países do Caribe, da África, da Ásia Central e do Pacífico sobre agricultura, meio ambiente, pesca e aquicultura, extensão rural, alimentação escolar, políticas de combate à fome e políticas de equidade de gênero. As aulas serão ministradas em português ou inglês e poderão ser adaptadas a outras línguas, de acordo com as demandas dos países.

“Os cursos ofertados nesta oportunidade foram moldados à luz do espírito da cooperação Sul-Sul, em que a experiência brasileira é compartilhada com transferência de tecnologia, valorização dos conhecimentos tradicionais e reconhecimento das realidades culturais específicas de cada parceiro”, afirma o chanceler Patriota.

Cooperação sul-sul

Atualmente, a cooperação técnica brasileira desenvolve programas com mais de 60 países e promove um amplo programa de projetos de extensão rural, fruticultura tropical e temperada, pecuária, pesca, vitivinicultura, entre outros. Os conhecimentos transferidos pelo Brasil abrangem a comercialização de alimentos e, principalmente, a produção e seus processos, incluindo melhoramento genético de espécies, aprimoramento de métodos de cultivo, irrigação e colheita, utilização de máquinas agrícolas, criação de animais e processamento de subprodutos.

O setor agrícola é a principal área de intercâmbio do Brasil com os países parceiros do sul, por meio de acordos com 19 instituições brasileiras, entre as quais destacam-se a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR), o Serviço Social da Indústria (Sesi), as universidades federais de Lavras (UFLA) e Viçosa (UFV), o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (IBAMA), por exemplo. Estão envolvidos seis ministérios brasileiros, incluindo Desenvolvimento Agrário, Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Pesca e Aquicultura, Meio Ambiente, Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Secretaria de Políticas para as Mulheres.

A cooperação técnica brasileira baseia-se nos princípios da solidariedade e da co-responsabilidade, não tem fins lucrativos e está desvinculada de interesses comerciais. A capacitação de recursos humanos e o fortalecimento institucional são os dois eixos principais que norteiam as ações de cooperação com países em desenvolvimento.

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