A direção nacional do PSB confirmou nesta sexta-feira o apoio formal à candidatura de Dilma Rousseff (PT) para a Presidência da República.
O partido também aprovou resolução que diz que candidatos nos Estados devem preferencialmente apoiar candidatos da base aliada e que todos terão que fazer campanha para a ex-ministra --mesmo aqueles que se coligarem com o PSDB regionalmente.
A decisão acontece depois de quase um mês de o partido desistir de ter candidatura própria. O deputado Ciro Gomes (PSB-CE) insistiu em concorrer, mas estava totalmente isolado e não obteve apoio nem do próprio PSB.
Desde então, ele está sumido da vida pública e também não compareceu ao encontro de hoje. O governador Cid Gomes (CE), irmão do deputado, foi outro que não esteve presente. "Acho que isso mostra que a ferida do fator Ciro ainda existe e está acabando de cicatrizar", disse o deputado Júlio Delgado (PSB-MG).
Segundo dirigentes, a legenda teria muito a perder nos Estados caso tivesse candidato para presidente. Ainda na tarde desta sexta-feira, a cúpula segue para São Paulo para o lançamento da pré-candidatura de Paulo Skaf para o governo. Lá, por exemplo, PSB e PT estão separados, já que Aloizio Mercadante (PT) também é candidato.
O governador Eduardo Campos e presidente nacional da legenda disse após o encontro que vai exigir que Dilma dê um tratamento igual ao partido nos Estados e que quer que ela suba no palanque de seus candidatos.
"Não tem PT e PSB, ela [Dilma] não é candidata só do PT. Todos terão que ter o mesmo tratamento. De outro jeito seria inaceitável", disse.
A direção marcou a sua convenção para o dia 14 de junho. Até lá, dirigentes devem se reunir para formular um plano de governo a ser apresentado à pré-candidata do PT.
Durante a reunião de hoje, os dirigentes do partido decidiram ainda manter a expulsão do deputado distrital Rogério Ulysses, acusado de participação no esquema do mensalão do DF.
Nenhum comentário:
Postar um comentário