A Comissão de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da Assembleia realizou, nesta terça-feira (03/05), debate sobre o projeto “Base Sustentável para o Desenvolvimento Urbano e Rural: Potencial Energético a Partir de Resíduos Sólidos”. A presidente da Comissão, deputada Mirian Sobreira (PSB), destacou a importância do projeto, que sugere o aproveitamento do lixo para produção de energia elétrica.
O projeto foi elaborado por estudantes do curso de engenharia de produção da Universidade Regional do Cariri (Urca) e apresentado por um dos autores, Emerson Bezerra, que ressaltou a viabilidade econômica e ambiental da ideia. A proposta objetiva o uso do lixo orgânico no aterro sanitário do Cariri, ainda não instalado, para gerar biogás e produzir energia elétrica.
Emerson disse o sistema já existe em outros estados, e que o projeto adapta a ideia aos 10 municípios da Região Metropolitana do Cariri. Segundo ele, a termelétrica movida a biogás produziria cerca de 390 mil quilowatts/ano, o equivalente a 37% do consumo da região.
O projeto prevê implantação de coleta seletiva, geração de recursos com a reciclagem e a criação de pequenas unidades de produção de energia em comunidades rurais. “Com isso, seria desnecessária a implantação de usinas nucleares e hidrelétricas no Nordeste. Além disso, evitaríamos a liberação de gases do lixo, que contém 60% de metano e é muito poluente, para a atmosfera”, afirmou Emerson Bezerra.
A deputada Mirian Sobreira informou que o projeto foi escolhido para ser apresentado na Convenção Mundial de Engenheiros, em Genebra, na Suíça, em setembro. “Além de aproveitar o lixo e gerar energia, vai reduzir os danos à natureza. Se essa ideia vai ser apresentada na Europa temos que discuti-la antes no Ceará”, afirmou a parlamentar, que defendeu o apoio da Assembleia e do Governo do Estado à proposta.
Participaram do debate o coordenador de engenharia ambiental da Universidade de Fortaleza (Unifor), Oirton Monteiro Junior, e especialistas do Ibama, do Conselho de Políticas e Gestão do Meio Ambiente do Estado (Conpam), da Superintendência Estadual do Meio Ambiente (Semace), da Embrapa e de várias outras entidades.
Fonte: | Agência de Noticias da Assembleia Legislativa |
Colaboração
Alex Saraiva
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