O Camelódromo do Crato tem de tudo. Vestuário, calçado, tempero, bolsa, óculos, relógio, equipamentos eletrônicos, alimentação e muito mais. São 156 comerciantes trabalhando dentro da economia informal, gerando emprego, renda e provendo suas famílias. O problema é que o local não dispõe de um mínimo de estrutura para funcionar e isto tem gerado insatisfação, não só há quem comercializa, bem como à população em geral. A Câmara Municipal do Crato, um autêntico fórum de debate em defesa das causas da população, abriu espaço, na sessão desta terça-feira, dia 24 de maio, para ouvir a representação dos camelôs e iniciar um processo de entendimento para construção de um centro comercial, dotado de estrutura (energia, água, higiene, telefone, prevenção contra incêndio, segurança e um pouco de conforto).
O Presidente da Associação dos Comerciantes Informais do Crato – ACIC, Paulo Ferreira dos Santos, afirmou que já está cansado de receber visitas e ouvir promessas dos políticos, por sinal até um projeto, apresentado há dois anos atras, não saiu do papel. Disse, ainda, que o lugar é uma “bomba chiando”, diante da falta de segurança e de tanta instalação elétrica, feita sem os devidos cuidados técnicos. As possibilidades de assaltos são constantes, além da condição de higiene precária e a dificuldade de locomoção, que incomoda a comerciantes e clientes. Dona Edênia (vice-presidente da ACIC), também compareceu a sessão desta terça-feira.
O Vereador Darcio Luís de Sousa (PSDB) informou que em conversa com o gerente do Banco do Nordeste – Agência Crato, o mesmo afirmou que o BNB desistiu de finaciar o projeto, devido a inadimplência de alguns associados com instituições financeiras.
O Vereador Pedro de Algoano (PSB) ressaltou a importância da participação dos representantes do Camelódromo na Câmara, para reivindicar uma melhor condição de trabalho e de desenvolvimento. Alagoano disse que não adianta mais fazer promessas e o importante é realizar a obra.
O Presidente do Poder Legislativo – Vereador Florisval Coriolano (PTC) sugeriu a possibilidade da iniciativa privada edificar o projeto do centro comercial, após entendimento com o Poder Executivo e, em seguida, ser colocado para apreciação da Câmara.
A Vereadora Mara Guedes (PT) discordou da proposta, onde o gerenciamento do futuro centro, onde hoje funciona o Camelodrómo, seria transferido para iniciativa privada. Ela enfatizou que a responsabilidade de construção e administração do espaço tem que ser do Poder Público.
O Vereador Fernando Brasil (PSB) defendeu a proposta que o Deputado Sineval Roque (PSB) entre com um projeto, junto ao Governo do Estado, para construir o Camelódromo. Ele afirmou que todas as obras, realizadas no Crato, hoje, é de responsabilidade do Governador Cid Gomes (PSB).
O Vereador Guer (PSDB) discordou do Vereador Pedro de Alagoano (PSB), quando na sua fala, disse que não adiantava mais promessas. Guer colocou que não existia apenas promessa, mas sim, um projeto, onde ele mesmo assinou quando presidiu o Poder Legislativo e foi entregue ao Banco do Nordeste. O tucano ressaltou que a Prefeitura não pode fazer uma obra deste porte com recursos próprios, mas pode entrar com a contra-partida. |
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