Domingo, 06 de fevereiro, pela manhã, venho em companhia de minha querida filha Cecília Noêmi ao centro do Crato para algumas compras, quando de regresso a minha residência, mais precisamente na Rua Nelson Alencar, sou informado pela amiga “Tequinha” acompanhada de sua mamãe, do falecimento do popular e carismático “Zé de Zumba”. Surpresa para mim. “Tomo” um taxi na Praça Cristo Rei, tendo ao volante meu amigo Antônio Gentil. De volta ao meu lar, no percurso, Gentil me informa do falecimento do sapateiro Cambuí. Outra surpresa! Ambos os falecidos, para minha gratificante satisfação, já foram homenageados com a medalha de honra ao mérito do Programa Rapadura Culturarte. Retorno, em companhia de Gentil até o cemitério local. Transmito meus sentimentos de pesar aos familiares de José de Zumba. Comunico aos mesmos a presença do carro de som de nossa propriedade para acompanhar o percurso pelas ruas Nelson Alencar, Duque de Caxias, Senador Pompeu, Praça Siqueira Campos, Miguel Lima Verde, Igreja da Sé. José era pessoa constante nos eventos cívicos e populares da nossa cidade. Sempre estava ali assistindo às apresentações folclóricas, os desfiles cívicos, a malhação do Judas, as quadrilhas juninas, os festivais folclóricos, as lapinhas de final de ano, ouvindo os discursos “patrióticos” e às vezes até ufanistas. Nas campanhas políticas locais, era presença certa nas discussões, nos comícios, nas passeatas após os mesmos. A Praça da Sé era seu segundo lar. Presença constante, admirador das crianças para as quais assoviava e sempre se lembrava de alegrá-las com a oferta de bombons, pirulitos, algumas moedinhas. Acompanhei seu sepultamento, tendo ao meu lado o jornalista Huberto Cabral e na direção o meu amigo Monsueto. O Hino do Crato, de Nossa Senhora da Penha, a musica Senhora do Crato foram colocadas durante o cortejo fúnebre. José, meu abraço de saudade! Família Nunes de Oliveira, minha solidariedade. Família exemplar. Cambuí, você foi um grande cidadão! Você contribuiu para o progresso econômico e social do Crato. Você e José (Zé de Zumba) ficaram na história da nossa cidade.
Jorge Carvalho
Professor
Fevereiro/2011
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