DE SÃO PAULO
Com uma participação de destaque na campanha da então candidata Dilma Rousseff (PT), o secretário-geral do Partido dos Trabalhadores, José Eduardo Cardozo, comenta como foi a primeira manhã de reuniões e trabalho com a presidente eleita. Cardozo afirma que, neste momento, prefere não especular sobre uma eventual participação no governo.
José Eduardo Cardozo fala sobre a vitória de Dilma
Secretário geral do PT prefere não especular sobre participação no governo
REUNIÃO
A expectativa é de que a equipe de transição seja anunciada na próxima quarta-feira, tendo como coordenador político o presidente do PT, José Eduardo Dutra, e o ex-ministro Antonio Palocci como coordenador técnico. A primeira reunião já pode ocorrer na sexta-feira. "A festa foi ontem. Agora é hora de trabalhar", disse Palocci.
Alguns assessores afirmam que a presidente eleita deve tirar uma folga a partir desta terça-feira até sábado, no Rio Grande do Sul. No fim de semana, a petista volta a Brasília para acompanhar a comitiva do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em uma viagem à África e ao G-20.
Dilma recebe os assessores em sua residência no Lago Sul, área nobre de Brasília. Além de Dutra e Palocci, estão presentes o coordenador do programa de governo e assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Marco Aurélio Garcia, e o assessor Giles Azevedo, cotado para ser seu chefe de gabinete.
Garcia disse que Dilma começou a receber ontem telefonemas de lideres internacionais parabenizando pela vitória, como o presidente da França, Nicolas Sarkozy.
TRANSIÇÃO
Dilma tem uma verba de R$ 2,8 milhões e poderá contratar 50 funcionários para o governo de transição, que vai da proclamação da eleição (que em geral ocorre dois dias após o pleito) até 31 de dezembro.
Em agosto, o Ministério do Planejamento criou um grupo de trabalho formado por 30 servidores de vários órgãos que ficarão responsáveis por fornecer à transição as informações necessárias sobre o governo federal.
Com esses dados, será formada a "agenda dos 120 dias", com todos as medidas de curto prazo, como contratos, pagamentos a serem feitos, ações institucionais que precisam ser cumpridas.
A ideia da agenda é garantir que o próximo presidente não seja surpreendido por prazos e para dar continuidade a ações em andamento.
O grupo de trabalho ficará responsável por fazer um levantamento do que foi prometido pelo presidente Lula na campanha de 2006 e comparar com o que foi realizado.
O governo de transição será instalada no CCBB (Centro Cultural Banco do Brasil).
Com reportagem de MÁRCIO FALCÃO e RANIER BRAGON
FONTE FOLHA UOL
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