Os mesmos veículos da imprensa que semanas atrás faziam eco ao terrorismo econômico e, de forma leviana e delirante, anunciam a volta do processo inflacionário, agora noticiam que a inflação de julho foi de 0,03%, a menor em três anos. E o fazem sem se desculparem com seus leitores, ouvintes e telespectadores que foram bombardeados por incrível noticiário absolutamente desvinculado da realidade, mas que serviu a interesses obscuros, permitindo alguma alta na cotação do dólar e semeando o medo e a desinformação.
O IPCA de junho chegou a irrisórios 0,26%, o que já serviu aos interesses de quem vive da mentira e faz oposição cega a um governo sério e competente. Isso foi o suficiente para se falar até na “volta da hiperinflação”. Agora ao nos deparamos com outro índice baixíssimo - a menor variação mensal desde julho de 2010 - chegamos à meridiana conclusão de que “o viés é de baixa”, na empolada linguagem dos comentaristas que povoaram os telejornais, trombetearam pelas ondas do rádio e encheram as páginas dos jornais, revistas e sites com previsões alarmantes, anúncios da hecatombe econômica e claras demonstrações de que possuem, mesmo, o que o presidente Lula diz ser o “complexo de vira-lata”. Para essa gente agourenta, impatriótica e irresponsável, o Brasil não é a potência emergente que o mundo reverencia, nem um país que em apenas uma década tirou 40 milhões de cidadãs e cidadãos da pobreza e da miséria, levando-os à nova classe média. Para eles o Brasil estaria (ou está) fadado à pobreza e ao sub-desenvolvimento. Pois são eles, os contumazes profetas do caos, que agora amargam a desmoralização das mentiras que disseminaram.
O preço dos alimentos caiu ainda mais e a inflação ficou em 6,27%, abaixo do teto estabelecido pelo próprio governo da presidenta Dilma Rousseff como meta (6,5%). E foram eles, simbolizados pelo tomate, que serviram para que os alarmistas de plantão atacassem a política econômica e fizessem uma boa parcela da população acreditar que estávamos vivendo um novo e perigoso processo de subida dos preços e carestia.
O grande advogado e combativo ex-deputado petista Luiz Eduardo Greenhalgh, coberto de razão, perguntou na internet se uma apresentadora de TV, depois de participar do terrorismo econômico com um ridículo colar de tomates, agora, diante da verdade e dos escândalos no metrô paulista, fartamente documentados e que envolvem o PSDB e seus principais líderes, irá se apresentar com o pescoço volteado pelos trenzinhos que renderam quase R$ 600 milhões em propinas aos tucanos. E o que dirá o presidente do PSDB, que em recente programa eleitoral gratuito na TV e no rádio, não apresentou uma nova idéia sequer para o país, mas transformou o prosaico tomate em personagem importante de sua oca pregação política? Vai fingir que não foi desmentido pela realidade dos fatos?
Nos anos infames do governo de FHC, quando nossas maiores empresas foram doadas a preço vil em processo de privatização eivado de irregularidades e os salários sofreram o maior achatamento de nossa história republicana, em apenas 1 ano a meta inflacionária foi atingida, rompendo-a em todos os demais. E que tal recordar que Fernando Henrique, figura menor pateticamente incensada pela mídia, entregou o governo em 2003 para o presidente Lula, o PT e os partidos da base aliada, com impressionantes 12,53% de inflação acumulada e o dólar cotado a mais de R$ 4,00? No mesmo ano ela foi baixada para 9,3% e em 2004 os índices inflacionários começaram a despencar e a economia brasileira livrou-se da pesada herança deixada pelos longos e improdutivos 8 anos de governo fracassado do PSDB. Mas, por ventura, interessa à mídia anti-Lula e anti-Dilma mostrar que a economia brasileira vive faz uma década uma de suas melhores fases? Não.
Em 2003 o salário mínimo deixado por FHC e o PSDB/DEM era irrisório e vergonhoso, da ordem de R$ 200,00. Um trabalhador ganhava R$ 6,67 por dia de trabalho (R$ 0,91 a hora). Lula dobrou o valor, e hoje, com Dilma, o salário mínimo chega aos R$ 678,00, ou seja, R$ 22,60 ao dia (R$ 3,08 a hora). Que tal? Para nossos adversários, que tem o povo apenas como um índice a mais, uma preocupação a menos e nenhum comprometimento com a justiça social e a distribuição de renda, isso não tem a menor importância.
Os programas sociais implementados ao longo da última década, como a Bolsa Família e o Pro-Uni, por exemplo, mudaram a face humana, social e econômica do país. Isso nos dá a certeza de que estamos no caminho certo. Os ganhos para a classe trabalhadora e a chegada de dezenas de milhões de brasileiros à uma nova e poderosa classe média, que consome mais, vive melhor e produz em benefício do país, não são inflacionários como querem fazer crer as urubólogas que agouram nossa economia e conspiram contra o sucesso do Brasil que emerge, rico e poderoso, dessa nova era.
Não nos iludamos. Os que acreditam no Brasil e nos brasileiros estão fazendo a sua parte. E eles são os trabalhadores, os empresários conscientes, a presidenta Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega, o PT e os partidos que dão sustentação ao governo, as forças vivas da nacionalidade. O resto é o resto, o de sempre, o do “quanto pior, melhor”, os que não se conformam com o êxito nem do país nem de seu povo. E eles serão sempre derrotados por suas mentiras e sua má-fé.
Há muito a ser feito, nós sabemos. Mas como sempre, em todos os processos históricos, o povo vencerá.
(*) Delúbio Soares é professor
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