Francisco de Assis Feitosa, conhecido popularmente como Monsenhor Assis, nasceu na freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cococi, em Tauá, no sertão cearense dos Inhamuns, em seis de abril de 1893, tendo como progenitores: o tenente Emiliano Ferreira Ferro (filho do major Manoel Ferreira Ferro e Josefina Felizpátria Ferreira Ferro) e Epiphânia Estephânia Bandeira Ferrer (filha do capitão Salústio Tertuliano Bandeira Ferrer e Felismina de Matos Ferrer). Epiphânia, não era Feitosa, mas descendia de aristocrática família pernambucana e de “ingleses”, segundo a tradição.
De acordo com o Tratado Genealógico da Família Feitosa (Leonardo, 1985:145), Monsenhor Assis foi o oitavo filho da decúria prole, apesar de outros sete irmãos terem falecido em tenra idade. De certo, rompeu os anos da puerícia na Fazenda Saco Virgem, avoenga herança de seu pai. Até que migrou para a cidade de Fortaleza a fim de firmar o voto eclesiástico no Seminário Episcopal do Ceará. Apesar de o Seminário São José, em Crato, ser contíguo aos Inhamuns, por conta de um surto de varíola fechou suas portas inúmeras e alternadas vezes, destarte, encerrou suas atividades pela primeira vez em 1877 até que em 1922 funcionou plenamente (O Levita, n°11).
Por isso, Francisco segue para o seminário de Fortaleza, segundo Irineu Pinheiro, em Efemérides do Cariri (1963:167): “dia sete de julho de
Em Tauá, como vigário, é nomeado, por D. Quintino, no dia 5 e empossado a 12 de Março de 1919, com a posterior exoneração em 13 de Fevereiro de 1921. Por conseguinte, retorna ao Crato, sendo nomeado Cura da Catedral do Crato a 8 de Janeiro e empossado a 12 de Março de 1921, ademais, exerceu o cargo de Pároco da Freguesia de Nossa Senhora da Penha até a data de sua morte em 30 de abril de 1952, sendo este o mais longo governo desta divisão territorial da diocese cratense. No dia 18 de Janeiro de 1926 recebe o título de Monsenhor. Também, foi conselheiro de D. Quintino e do segundo bispo do Crato, D. Francisco de Assis Pires. Ainda, foi sócio fundador do Hospital São Francisco, onde desempenhou a função de provedor a partir do ano de 1937, quando em 1944 deixa o cargo para perfazer o conselho permanente do mesmo. No mais, orientou prudentemente a respeito da ditadura e da seca de 1932, pois nesta, campos de concentração entre Crato e Juazeiro mantinham os desvalidos e famélicos, migrados de diversas regiões do Nordeste.
No ofício sagrado, fundou mais de quarenta associações religiosas. Deste modo, foi reconhecido pela Instituição Católica como: “um dos nossos parochos mais trabalhadores. Possuidor de um bello talento e de uma bondade de coração notável, o padre Assis tem conquistado, no seio da sociedade cratense, sympathias radicadas e grande admiração pelo seu proceder modelar” (Álbum do Seminário do Crato, P. 178).
Nos anos em que viveu na “Princesa do Cariri”, residiu na casa paroquial, ao lado da igreja matriz de Nossa Senhora da Penha, junto a sua mãe e aos sobrinhos, vindos também das plagas inhamunsenses. Destes, muitos deitaram raízes na cidade do Crato, e, alguns até mesmo, administravam-lhe os bens, gados e propriedades rurais, que não eram poucos, porquanto, todos os seus inúmeros sobrinhos herdaram algum dos seus haveres.
Monsenhor Assis, quando do seu falecimento, encontrava-se
Ainda hoje, a inolvidável presença de Francisco é verberada pelos vetustos indivíduos que o conheceram. Instam os indeléveis predicados dispensados ao Monsenhor. Freqüentemente palra-se sobre a sua extrema lhaneza para com os pobres, a polidez no trato, a sua beleza física, sua retidão moral, o inexorável compromisso com a religião, dentre outros altaneiros elogios.
Um comentário:
Antônio Correia, ou melhor, o Heródoto da Ponta da Serra. Grande figura, pertinaz em suas pesquisas. No entanto, quero fazer um convite a ele e a tantos outros que se regozijam com biografismos. O texto original sobre o Mons. Assis Feitosa encontra-se no seguinte endereço: http://estoriasehistoria-heitor.blogspot.com/2010/08/biografia-de-monsenhor-francisco-de.html. Peço encarecidamente aos que pretenderem reproduzí-lo, mesmo que parcialmente, que citem a fonte em que se abeberam, pois essa é a verdadeira recompensa para quem escreve, mesmo que de forma capenga.
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