
domingo, 27 de fevereiro de 2011
23.02.2011 Roberto Cláudio recebe comitiva de deputados estaduais do Maranhão
Uma comissão de deputados estaduais do Maranhão visitou nesta quarta-feira (23/02) a Assembleia Legislativa do Ceará. Carlinhos Florêncio (PHS), Neto Evangelista (PSDB) e André Fufuca (PSDB) vieram conhecer a experiência cearense de criação de novos municípios. Eles foram recebidos pelo presidente da AL, deputado Roberto Cláudio (PSB); pelo vice-presidente da Casa, deputado José Sarto (PSB); e pelo terceiro secretário da Mesa Diretora, deputado João Jaime (PSDB). Roberto Cláudio explicou aos maranhenses que a causa do municipalismo ganhou força na AL durante o mandato do então deputado Domingos Filho (PMDB), hoje vice-governador do Estado, que presidiu o Parlamento e deu relevo ao tema da criação de novas cidades. Roberto Cláudio adiantou que já requereu ao Tribunal Regional Eleitoral uma reunião para discutir o próximo passo para a realização de plebiscitos no Ceará. De acordo com o presidente da Comissão de Criação de Novos Municípios da Casa, Luiz Carlos Mourão, 30 distritos estão autorizados a realizar a consulta para definir a criação de municípios. Os projetos foram aprovados na AL no ano passado. Segundo Mourão, 11 solicitações ainda estão pendentes. Sobre isso, Roberto Cláudio solicitou que os projetos remanescentes sejam enviados para apreciação da Mesa Diretora na próxima terça-feira. Em seguida, serão elaborados pareceres que seguirão para votação em Plenário. “É gratificante saber que o trabalho feito nesta Casa desperta a curiosidade e o interesse de outras assembleias do País, como a do Maranhão”, disse o presidente. Conforme o deputado Carlos Florêncio, no Maranhão, cerca de 30 povoados têm interesse em buscar sua emancipação. A Assembleia maranhense, no entanto, ainda não começou a debater como promoverá esta criação, daí o interesse em conhecer a experiência do Ceará. “São povoados que estão longe das cidades-sede e de grande extensão territorial, o que prejudica a gestão dos prefeitos. Assim, entendemos que a emancipação ajudará a promover melhorias para a população destas localidades”, disse. Os três deputados do Maranhão terão reunião nesta quinta-feira (24/02) com o vice-governador Domingos Filho e com técnicos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e do Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). Durante a visita a Al, a comitiva conheceu o Memorial da Assembleia Legislativa Deputado Pontes Neto (Malce) e a sala dos ex-deputados. MM/LF Fonte: Coordenadoria de Comunicação Social comunicacao@al.ce.gov.br | ||||
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sábado, 26 de fevereiro de 2011
Projeto de lei entra em debate
CRIAÇÃO DE MUNICÍPIOS
A proposta de Lei Complementar, a ser votada na Câmara, está anexada a uma outra já aprovada pelo Senado
O projeto de Lei Complementar estabelecendo prazo e procedimentos para a criação, incorporação, fusão e desmembramento de municípios poderá ser votado pela Câmara dos Deputados ainda neste semestre. A informação é do deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB/CE), que semana passada requereu o desarquivamento de um projeto de sua autoria, apresentado na legislatura passada.
Embora acredite na aprovação de uma Lei Complementar para disciplinar esta matéria, ainda este ano, do ponto de vista prático ele acha difícil a conclusão de processos de emancipação de municípios em 2011 porque no Orçamento da União para este ano não há destinação de recursos para esse fim. Além disso, o projeto de Lei Complementar em tramitação proíbe a criação de municípios no mesmo ano das eleições municipais.
Ele diz que o clima é favorável a aprovação de projetos de Leis Complementares e Emendas Constitucionais, por exemplo, porque existem 20 Medidas Provisórias trancando a pauta dos trabalhos da Câmara. Em função das Medidas Provisórias o presidente da Casa, Marco Maia, pediu aos partidos que relacionem as matérias a serem apreciadas, enquanto as Medidas Provisórias não forem aprovadas. Para ele é preciso a mobilização dos interessados junto aos líderes partidários para que a matéria seja colocada na pauta das prioridades.
Desarquivamento
O Projeto de Lei Complementar número 587 foi apresentado pelo deputado Raimundo Gomes de Matos e julho de 2010, mas como estamos em uma nova legislatura, para continuar tramitando seria preciso pedir o desarquivamento. Essa proposta está apensa a outro projeto, apresentado no Senado, em 2008, pelo senador Mozarildo Cavalcante.
Explica Gomes de Matos que o seu projeto não altera o mérito da proposta apresentada no Senado Federal. Portanto, se não houver alteração significativa por meio de emenda não há necessidade de voltar a ser apreciado no Senado. No âmbito da Câmara precisa ser aprovado nas comissões de Finanças e Tributação, de Constituição e Justiça e pelo plenário.
Nos critérios estabelecidos pelo Projeto de Lei Complementar nº 587/2010, para a criação de um Município consta a necessidade de uma população superior a 4.000 habitantes e centro urbano com 200 prédios, na Região Norte; 6.000 habitantes e 300 prédios na Região Centro-Oeste; 8.000 habitantes e centro urbano com 400 prédios no Nordeste; 15.000 habitantes e 600 prédios na Região Sul e; 20.000 habitantes e centro urbano com mais de 1.000 prédios na Região Sudeste.
Decretos
No Ceará, vários distritos, há anos, lutam por emancipação. Algumas iniciativas foram frustradas porque faltava uma lei regulamentando a matéria. Em 2009 a Assembleia Legislativa aprovou a Lei Complementar nº 84. Em 2010 a luta pela emancipação ganhou novo ânimo. A Assembleia chegou a aprovar 30 projetos de Decreto Legislativo para que as consultas plebiscitárias fossem realizadas pelo Tribunal Regional Eleitoral. Nenhuma das consultas foi realizada e a criação de municípios no Ceará continuou sendo questionada porque não existia uma Lei Complementar federal disciplinando a matéria.
Agora, se for aprovada a Lei Complementar Federal necessário se faz que a Lei Complementar estadual seja adequada e todos os processos, já aprovados, deverão ser revistos.
Fonte: Diário do Nordeste
Mauro admite aprovação da Lei Complementar
EMANCIPAÇÕES DE DISTRITOS (26/2/2011)
Para o deputado, a Câmara deve votar a nova legislação até o fim do primeiro semestre do ano legislativo
A Lei Complementar que regulamentará a criação de novos municípios no Brasil deve ser votada pelo Congresso Nacional até junho. Segundo informou o deputado federal Mauro Benevides (PMDB), existe uma imposição natural para a aprovação. "A Lei vai disciplinar aquilo que a Assembleia pretende fazer no Ceará e que outros estados também desejam", afirmou.
Trinta distritos cearenses são considerados aptos a se tornarem municípios. Os decretos já foram aprovados pela Assembleia Legislativa e agora aguardam o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) marcar as consultas populares. Depois deste procedimento, as emancipações podem ser concretizadas.
Reforma
Mauro Benevides acredita que, com a aprovação no Congresso, os distritos que pleiteiam a emancipação estejam mais protegidos contra possíveis ações jurídicas. "O amparo do Parlamento brasileiro vai impedir que a lei sofra tropeços no Judiciário", considerou.
Mauro Benevides (PMDB), em visita a Assembleia Legislativa do Ceará, na manhã de ontem, também falou sobre reforma política. Ex-presidente do Senado Federal, Benevides não se mostrou otimista. "Não desejo ser profeta do apocalipse, mas já participei de duas comissões especiais e quando o projeto, perfeito e acabado, caminhava celeremente para sua aprovação, fatos políticos emergentes impediram que atendêssemos a opinião pública", lembrou.
O deputado fez referência ao Governo Castelo Branco, no regime militar. Segundo Benevides, a reforma política realizada na época foi extremamente importante. "Aquela reforma legou ao País o Código Eleitoral, a Lei de Inelegibilidade e o Estatuto dos Partidos. Não entendo o motivo de não conseguirmos fazer (a reforma) em plena democracia", questionou.
A deputada Gorete Pereira (PR) também em visita a Assembleia, ontem, falou sobre a perspectiva de aprovação da reforma política. Segundo ela, o interesse das principais lideranças partidárias dão a certeza de que haverá mudanças, até para solucionar alguns problemas que o Congresso está experimentando atualmente.
Salário
Sobre a votação do salário mínimo, Mauro Benevides disse que o Congresso foi conduzido a aprovar o valor de R$ 545, para garantir o reajuste fiscal que preconiza o ministro da Fazenda, Guido Mantega. "As centrais sindicais entenderam o piso como aquém do desejado, mas levando em conta a conjuntura brasileira, nós fomos compelidos em decidir em favor da proposta do Governo", explicou o representante cearense, em sintonia com o que também afirmara a deputada Gorete Pereira, em suas entrevistas.
FONTE: Diário do Nordeste
Cerâmica Gomes de Matos

cA Cerâmica Gomes de Matos, há vários anos vem se preocupando não só em proporcionar um produto de qualidade, mas também em minimizar os impactos ambientais causados na fabricação de produtos cerâmicos. Com isso, em parcerias com órgãos públicos, tais como a SEMACE, está a cada dia aumentando o uso da BIOMASSA como matéria prima para queima dos fornos, dentre outras medidas.
Veja abaixo algumas informações acerca d
e nossos esforços para diminuir esse impacto ambiental, (como o EFEITO ESTUFA). Pois o nosso propósito é ajudar a construir, do Cariri para o Brasil, visando a melhoria da qualidade de vida e o maior aproveitamento de nossas reservas
Biomassa
A biomassa (massa biológica) é a quantidade de matéria orgânica produzida numa determinada área de u
m terreno. Este termo tem sido muito utilizado nos últimos anos, em função das preocupações relacionadas às fontes de energia. A biomassa é capaz de gerar gases que são transformados – em usinas específicas – em energia, como também podem ser queimadas, convertendo a biomassa em energia térmica.
A CGM conta hoje com uma porcentagem bastante significativa na produção de energia térmica oriunda da biomassa. Hoje, cerca de 47% da geração daquela energia provém da queima de resíduos, como restos de serraria. Uma matéria que anteriormente seria irresponsavelmente descartada na natureza.
Madeira Legal
A CGM mantém várias áreas do chamado remanejamento. O remanejamento consiste numa área de terra de onde provém a lenha para queima nos fornos. Esta área é dividida igualmente em dez partes. Todo o manejo é acompanhado de perto pelos órgãos competentes, como IBAMA. O processo funciona da seguinte forma: cada décimo da terra é explorado no período de um ano. Após esse período, a extração da lenha passa para a segunda parte da terra e assim sucessivamente até chegar na décima parte. Quando isso ocorre, aquela primeira parte já está em condições de ser explorada novamente, pois esta se recuperou ao longo dos dez anos em que ficou descansando.
A cada ano que passa a CGM depende menos ainda do corte da lenha de suas várias áreas de remanejamento. Isso se deve ao fato do uso da biomassa vir aumentando ano após ano. Se cada empresa tivesse a preocupação com o meio ambiente como a CGM, a degradação ambiental seria menor. Pois acreditamos que o meio ambiente, se explorado com responsabilidade e preocupação com a sua sustentabilidade, poderemos viver num mundo melhor sem comprometer o nosso bem estar nem o das gerações que estão por vir.
A CGM matem várias áreas de remanejamento. Dentre elas, existe a da Fazenda Pau D'arco que conta com 200 mil tarefas de terra. O remanejamento consiste em explorar uma determinada área da reserva de cada vez, devidamente autorizada e medida pelo IBAMA. Cada área pode ser explorada por um período não superior a um ano. Essa terra é dividida em dez partes, chamadas de talhão, e quando o corte chega no décimo talhão a primeira área já conseguiu se recuperar. Também é feito o reflorestamento com árvores nativas ou de madeira de rápido crescimento, como é o caso dos eucalíptos. A CGM trabalha duro para garantir a sustentabilidade de suas áreas de remanejamento, garantindo assim um melhor aproveitamento da floresta sem agredir o meio ambiente, de forma a garantir a preservação.
Fonte: www.ceramicacgm.com.br
quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011
Governo publica edital para licitação da Estrada de Santa Fé

O deputado estadual Sineval Roque (PSB) anunciou nesta quarta-feira, 23 de fevereiro, que foi publicado edital do Governo do Estado de licitação para a obra da estrada que liga o distrito de Santa Fé ao município do Crato.
De acordo com o parlamentar, a estrada possui cerca de
Fonte: Comunicação social da Assembleia Legislativa
PROGRAMAÇÃO: “RAPADURA CULTURARTE”
26/02/2011
Local: Praça da Sé
Horário: 9 horas
1. Artigo: O rio do Crato – Geraldo Menezes Barbosa
2. Homenagens: Caixa – 150 anos – 12/01/1861
- Artigo: 150 anos da Caixa: Uma história de compromisso.
Autora: Maria Fernanda Ramos Coelho – Presidenta da Caixa
- Antônio do Nascimento de Souza - Alfaiate.
- José Tavares Crisóstomo – Tesoureiro Sociedade São Vicente de Paulo
- José Aquino Araruna – Presidente da Sociedade de São Vicente de Paulo
- Senhor Gonçalo – Descamador de peixe, descascador de batatinha, enrolador de macarrão em cadeira.
- Antônio Onofre – Auxiliar de Seu Assis (mais de 50 anos de comercio na Praça da Sé)
Obs.: Aqui no Crato existem dois conselhos:
Particular – Âmbito Municipal do Crato
Central – Âmbito Regional - Cariri
Roberto Siebra - O ajudante de pedreiro que se fez doutor

Alexandre Lucas - Quem é Roberto Siebra?
Roberto Siebra - Um rapaz nascido e criado no bairro do Seminário, no município do Crato, tendo uma bela vista do Sopé da Chapada do Araripe, filho de uma merendeira de escola pública e de um marceneiro, casal que criou seus 4 filhos de forma honesta e ética, ensinamentos estes que até os dias atuais tomo como guia nas ações que pratico no cotidiano.
Alexandre Lucas - Como teve início o seu contato com o Partido Comunista do Brasil – PCdoB?
Roberto Siebra - O meu contato foi no inicio da década de 80, quando na oportunidade participava dos movimentos de juventude existentes no nosso município. Naquele período o Brasil vivia os dias finais da ditadura militar, com grandes manifestações da sociedade civil e política participando de milhares de movimentos pela liberdade e pela democracia. Foi em um destes momentos que conheci o PCdoB, ainda na clandestinidade.
Alexandre Lucas - Você teve um trabalho importante na construção do PCdoB na região do Cariri, no tempo em que o partido ainda vivia na clandestinidade. O que foi ser comunista neste tempo?
Roberto Siebra - Lembro bem que neste período éramos obrigados a termos nomes falsos, o meu era Mauricio, e as reuniões eram feitas obedecendo a várias regras de segurança, entre as quais, a de nunca exceder o numero de três pessoas, não fazer anotações, não se reunir sempre no mesmo lugar, etc.
Foi um período muito difícil para mim, então com 17 anos, que tive que trocar vários prazeres da juventude, pela prática política semi-clandestina. Significou por um bom tempo ter que mentir para família (Ex. varias vezes tinha reunião em Fortaleza e ai dizia que íamos para um encontro religioso, uma viagem de ferias, etc.)
Significou também enfrentar um grande preconceito de pessoas e instituições, e como exemplo lembro um episodio que mim marcou profundamente, a solicitação, na época de pessoas da Igreja Católica exigindo que retirasse do movimento de juventude, pois isto podia prejudicá-lo, etc.
Outro exemplo marcante foi a minha expulsão do Colégio Agrícola do Crato, depois de ter sido arrombado o meu armário e retirado alguns pertences, entre os quais alguns documentos tidos como subversivos. Mas, nada disto nos tirava a certeza de que o novo sempre vem, como diz o poeta Belchior. E, poucos anos depois, pudemos comprovar isto na prática com o fim da ditadura militar e o retorno a um país democrático.
E como as coisas mudaram, sinto feliz em ter dado esta contribuição. Esta é a melhor coisa que tenho, é o meu bem mais precioso, que deixo aos meus filhos, meus netos e próximos da minha geração. Dizer-lhes e provar-lhes que ajudei a construir um país livre da opressão e da miséria, tarefa que ainda continuo até hoje e pretendo levar até os dias finais de vida.
Alexandre Lucas – Quais eram os desafios?
Roberto Siebra - O grande desafio da época era combinar o trabalho semi-clandestino com o trabalho legal, mas o grande trabalho era organizar o combate a Ditadura Militar, daí tínhamos uma grande participação no movimento secundarista e de bairros.
Alexandre Lucas – Você vem da classe operária e teve uma vida sem facilidades. Antes de receber a titulação de doutor foi servente da
construção civil.
Roberto Siebra - Desde cedo aprendemos a lição reservada aos filhos das classes pobres – TRABALHAR. Comecei vendendo pão, depois picolés e até, sem muito sucesso tentando ser engraxate. Depois fui contratado por uma construtora para trabalhar nas casas populares, inicialmente como servente e depois, por conta de algumas facilidades, ascendi para apontador. Infelizmente esta carreira na construção civil durou pouco, pois ao descobri que tinha uma militância política e na obra estava tentando sindicalizar alguns funcionários, fui demitido.
Consegui emprego junto aos trabalhadores em transportes rodoviários, passando a atuar especificamente no sindicato dos trabalhadores desta categoria por um longo tempo, e ao sair fui ser Agente de Saúde no Crato, sendo posteriormente conduzido ao Sindicato Estadual dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde.
No decorrer da minha vida sempre mim virei para conseguir trabalho, mas o que é fundamental que nunca larguei os estudos. Mesmo tendo que trabalhar, conclui a minha graduação em História na Faculdade de Filosofia e fiz duas especializações na UECE, o que mim qualificou a trabalhar inicialmente na URCA como professor colaborador sendo contratado como professor efetivo, em decorrência de ter passado no primeiro concurso publico promovido por esta instituição. Foi uma das maiores alegrias da minha vida e da minha família.
Dentro da universidade, e com muita dificuldade lutei para conseguir galgar a patamares maiores. Afirmo com orgulho que eu sou um destes casos excepcionais numa sociedade como a nossa que reservou os melhores lugares sociais, políticos e econômicos, para as classes dominantes e abastardas. Imaginar que uma pessoa que teve a minha origem e história chegar a um dos maiores títulos acadêmicos em uma universidade brasileira – SER DOUTOR.
Alexandre Lucas – Essa sua trajetória é marcada por momentos difíceis?
Roberto Siebra - É verdade, aminha vida não foi nem é fácil. O importante nisto tudo é como enfrentamos e resolvemos estas dificuldades e tomei a decisão de enfrentá-las através de muito trabalho, de ser sincero, honesto e ético. Principalmente de nunca esquecer minha origem e em especial o esforço que o meu pai e mãe (Cristovão e Altina) fizeram para chegar aonde cheguei. Sem meus genitores, não estaria onde estou hoje e a eles dedico todas estas conquistas.
A esta trajetória gostaria de tirar uma lição aprendida na prática, por mais difícil que seja a vida, podemos conseguir sair vitorioso, mas isto significar ir a luta e não só ficar em casa se lamentando ou criticando os outros. Eu sou a prova viva disto.
Alexandre Lucas – Antes você ajudava a construir prédios e hoje ajudar a construir consciências?
Roberto Siebra - Esta é maior tarefa que existe e que enfrento. Construir consciências é um prédio muito difícil de levantar, até porque nunca estará concluso, sempre terá um andar para subir, o que exige um cotidiano de práticas e compromissos. Na construção das consciências existem dois fatores importantes, de caráter objetivo e subjetivo. O primeiro está relacionado como a pratica da educação formal e informal e o fator subjetivo engloba outras situações, muito difíceis de enfrentar numa sociedade onde o valor supremo é o dinheiro e o poder material, em detrimentos de outros valores éticos e morais transformados em moeda de troca no mercado de ações capitalistas.
Construir consciência significa construir um novo mundo calcado em valores supremos de dignidade e respeito aos valores fundamentais dos seres humanos. Significa em primeiro lugar acabar com a fome a miséria da maioria de nossa população.
Alexandre Lucas – O que significa a educação para você?
Roberto Siebra - Um passo importante, mas não o único, para iniciarmos o processo da construção de nossas consciências, um aliado fundamental para darmos dignidade a pessoa humana, e um instrumento valiosos na construção de uma ova sociedade. Não podemos prescindir do papel da educação como essencial no processo de produção e transformação das riquezas materiais, ou melhor dizendo, alavanca fundamental no avanço das forças produtivas e conseqüente mudança das relações sociais.
Alexandre Lucas – Existe uma crença de que a educação fará a revolução. Você acredita nisso?
Roberto Siebra - Não acredito que educação faça revolução até porque se isto fosse verdade os professores seriam agentes altamente revolucionários e aqueles que tem mestrado e/ou doutorado seriam seus lideres. E a realidade é bem diferente, pois a história mostra que este segmento nunca foi capaz de avançar ou liderar processos revolucionários significativos, ficando sua participação política restrita a lutas especificas, como melhoria salarial, etc.
É bem verdade que a educação formal pode ser um componente importante no processo de transformações de uma sociedade, mas se isto for acompanhado de um processo de conscientização política que ocorra em outras arenas da vida.
Alexandre Lucas – Qual o seu papel enquanto professor?
Roberto Siebra - O mesmo que tinha quando estava na fabrica, contribuir para a construção de um mundo melhor. Não mudou nada o fato de ser professor no que diz respeito ao meu papel, só o terreno da prática, pois é mais difícil ser professor universitário do que ser operário. O palco é diferenciado com grande predominância da vaidade e da falta de humildade, fatores que impedem que vejamos as outras categorias como parceiras e que exercem um papel fundamental na construção de uma nova realidade
Alexandre Lucas – O índice de analfabetismo em Cuba é baixíssimo. Quando você esteve em Cuba pode perceber diferenças no sistema educacional brasileiro?
Roberto Siebra - Tenho viajado muito, Europa, América Central e mais recentemente vários países da América Latina e isto mim fez ter muito cuidado na hora de fazer avaliações sobre as realidades especificas de cada país. São contextos históricos, sociais e políticos completamente diferentes dos nossos e temos que levar isto em consideração sob pena de cometermos erros de avaliação.
O caso cubano é mais complicado porque temos que levarmos em consideração um fator importante na construção histórica deste país, refiro-me a tentativa deste povo construir uma nova sociedade diferente daquela que estamos acostumados e que tem como base a mercantilização das relações. Isto é diferente e vai de encontro a falsa realidade que permeia a maioria da humanidade construída principalmente pelas classes dominantes dos grandes países imperialistas modernos, especialmente os Estados Unidos.
Não precisamos aqui fazemos nenhuma apologia a realidade cubana, pois os dados estatísticos referentes a conquistas sociais, nos quais está inserido a educação, são provas cientificas da vitalidade do sistema e dos grandes avanços conseguidos por este povo. É bem verdade que existem grandes problemas a serem enfrentados e vencidos e isto tem sido uma pratica cotidiana deste povo.
Alexandre Lucas - O seu doutorado é em Sociologia e sua tese tem como título: Os subterrâneos do poder: corrupção e instituições de controle no Estado do Ceará. O que você pode concluir a partir desta pesquisa?
Roberto Siebra - São varias as conclusões, mas especialmente, no que se diz respeito a corrupção podemos afirmar que é um fenômeno histórico, datado e não natural como afirma o senso comum. Isto significa dizer que esta pratica política, assim como teve inicio pode ter fim.
A corrupção é uma prática política de poder relacionada às elites dominantes que sempre a usaram como forma de manter os seus privilégios, motivo pela qual persistem nas instituições governamentais.
Outro fator importante diz respeito a relação entre corrupção e democracia, na medida em que esta ultima pode ser um antídoto poderoso para combater esta pratica ilícita.
Alexandre Lucas – No final do ano passado você vez uma aventura pela America Latina que lembra o revolucionário Ernesto Che Guevara. Como foi essa experiência em conhecer os países vizinhos como mochileiro?
Roberto Siebra - Estive recentemente na Bolívia, Peru, Chile e Argentina, conhecendo estes lugares, seu povo e historia de uma forma que lembra Guevara.Mas apesar de ter adotado a mesma forma de conhecimento, isto é, usar meios alternativos para esta aventura, nunca tive a presunção de imitar o comandante, até porque isto seria impossível, por vários motivos. Foi uma viagem de conhecimento, já que tive acesso a povos, culturas e costumes em tempo real, sem intermediários, vivenciando o cotidiano de nossos irmãos latino americanos. Isto é fundamental para o aprendizado de um cientista social de profissão e de coração que acredita que a busca do conhecimento tem que ter dois pilares inseparáveis: a teoria e a prática.
Todo este roteiro foi feito a pé, de bicicleta e de ônibus, seguindo um projeto que foi pensado por cerca de 10 meses e que foi finalmente concretizado, com todos os percalços que uma empreitada desta pode oferecer, inclusive risco de vida. Certamente foi uma das maiores aventuras de minha vida e mim impulsionou a transformá-la numa rotina a ponto de esta já planejando uma próxima
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Prof. Alexandre Lucas
(88)9248-5255
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(88) 99772082
PS. Caso nao consiga entrar em contato pelos números acima envie um topedo que retorno.
MSN: alexandrelucas65@hotmail.com
Blog do Alexandre Lucas - www.blogdoalexandrelucas.
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NOTÍCIAS DA CÂMARA MUNICIPAL DO CRATO
23/02/2011 - 11:16:03 |
O presidente da Câmara Municipal do Crato, vereador Florisval Sobreira Coriolano (PTC), através do requerimento de número 261, solicitou a Secretaria de Infra-Estrutura do Município - Seinfra, a construção de calçamento, nas ruas Central, da Igreja e Principal, todas localizadas, no Sitio Palmeirinha dos Vilar - Distrito de Ponta da Serra. O objetivo é atender apelos antigos dos moradores dessas vias. |
23/02/2011 - 16:55:13 |
REQUERIMENTO Número 033 - Autor: Vereador Jales Veloso - PP |
22/02/2011 - 16:48:26 |
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terça-feira, 22 de fevereiro de 2011
URBANIZAÇÃO DE CIDADES: Revitalização do Cariri receberá US$ 66 milhões
Cineasta Wolney Oliveira, coordenador da Casa Amarela, participou da reunião que discutiu a parceria para o centenário
22/2/2011