12 a 21/11: 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará
8ª Bienal Internacional do Livro lança programação englobando 30 países
Duas comunidades lingüísticas, a portuguesa e a espanhola, estão no foco da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, que de 12 a 21 de novembro acontece em Fortaleza, ocupando uma área superior a 3 mil m² do Centro de Convenções e este ano levando também parte de suas atividades para espaços da vizinha Universidade de Fortaleza – UNIFOR. Com visitação e programação gratuita, a previsão é que a Bienal do Ceará receba, nos dez dias de feira e atividades, cerca de 750 mil visitantes. A ação é promovida pelo Governo do Estado do Ceará, em parceria com Sindilivros e patrocínio da Petrobrás.
A Bienal deste ano tem como tema "A aventura cultural da mestiçagem", com uma intensa programação englobando 30 países situados em quatro continentes: África, América, Ásia e Europa. A ousadia de tal abrangência desloca o foco habitual das programações literárias de outros eventos similares, concentrando-se aqui em evocar a multiplicidade de culturas e a condição mestiça de suas raízes.
Motivada pelo tema central, a programação da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará está comprometida com a integração das diversas culturas envolvidas, reconhecendo seus hábitos, costumes e literatura, com a democratização e a mobilização do acesso universal ao livro, à leitura e à produção literária. Serão realizadas atividades baseadas na promoção e geração de conhecimentos, sem fronteiras culturais e sociais, reunindo um público diversificado e evitando isolamentos de quaisquer naturezas.
As sessões literárias incluem palestras, mesas de debate, encontros especiais, lançamentos de livros e sessões de leituras de poemas mais abrangentes, com espaços para comentários por parte dos autores e troca de idéias com o público. Esta agenda foi configurada a partir do tema central. Os debates contemplarão assuntos como produção e circulação de revistas e suplementos literários, casas de cultura, política cultural dos centros de estudos brasileiros na América Hispânica, movimentos contraculturais, circuito editorial universitário, encontros internacionais de escritores, dentre outros. Já as palestras tratarão de aspectos ligados aos fundamentos da mestiçagem, jornalismo cultural e obras literárias, considerando particularidades regionais e continentais dos países envolvidos.
Haverá ainda uma integração entre inúmeros segmentos da criação artística, produção cultural e mídia, envolvendo uma série de salas permanentes onde, no decorrer dos dez dias, será permitido um convívio valioso entre público, escritores, artistas e produtores culturais. Ao todo haverá um conjunto de 9 salas, assim distribuídas: Arena Jovem, Arte Postal & Poesia Visual, Artes e Ofícios, Cordel, Gravuras, Música, Rádio, Revistas e Vídeos. Cada sala terá uma curadoria própria, orientada no sentido de implantar um sistema de interação entre salas.
Ilha dos Continentes
A área de expositores da 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará, considerando a abrangência de seu tema central, contará com um expressivo número de expositores também dos países envolvidos, influenciando assim em uma maior integração entre as literaturas de línguas portuguesa e espanhola. Um diferencial deste ano é a criação de um espaço intitulado "Ilha dos Continentes", cuja área de 234 m² destina-se a receber editoras estrangeiras. Em âmbito nacional, haverá, ainda, a presença de instituições como o Museu da Língua Portuguesa, o Instituto Moreira Sales e a Biblioteca Nacional.
Pavilhão Especial – Cuba e Venezuela
Embora a 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará não recorra à figura tradicional do país convidado, haverá um Pavilhão Especial dedicado a Cuba e Venezuela, em reconhecimento à criação, respectivamente, da Fundación Casa de las Américas e da Fundación Editorial El Perro y La Rana, projetos editoriais de importância fundamental para a produção, reflexão e difusão da cultura na América Latina. Cumpre também destacar a criação, há 40 anos, da Monte Ávila Editores, e, há 35 anos, da Fundación Biblioteca Ayacucho.
O homenageado – Chico Anysio
Nesta edição a Bienal do Ceará presta homenagem especial a Chico Anysio. Humorista, ator, compositor, artista plástico, entre tantas outras atribuições, Chico Anysio é essencialmente um escritor, vivendo no universo da literatura, seja como dramaturgo ou roteirista. É autor de uma série de livros e o mais recente, Três casos de polícia, será lançado na Bienal Internacional do Ceará.
O Curador da Bienal
A 8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará tem como curador o escritor, editor e produtor cultural Floriano Martins. Estudioso de literaturas de línguas portuguesa e espanhola é diretor da Agulha – Revista de Cultura (publicação de circulação virtual que este ano recebeu o Prêmio Antônio Bento da ABCA – Associação Brasileira de Críticos de Arte), tem estado à frente na organização de livros de autores portugueses para a Coleção Ponte Velha, da Escrituras Editora. Ainda assinam institucionalmente o evento, os coordenadores da Secult Karine David e Jorge Pieiro, e o assessor Osiel Gomes.
Vale destacar a cooperação substancial de entidades como Câmara Brasileira do Livro, Associação Nacional de Livrarias, Academia Cearense de Letras, Câmara Cearense do Livro, Escola de Música da Universidade do Estado do Ceará, SENAC/CE, SESC/CE, Universidade de Fortaleza (UNIFOR), dentre outras.
Serviço:
8ª Bienal Internacional do Livro do Ceará – de 12 a 21 de novembro, das 9h às 22h no Centro de Convenções do Ceará (Av Washington Soares, 1141). Acesso e Programação: GRÁTIS. Para os shows, que acontecerão diariamente às 19 horas no Auditório Principal do Centro de Convenções (1.000 lugares), o acesso será mediante a troca de um livro. Informações: (85)3267.2283.
Tânia Peixoto
"O tempo é o meu lugar, o tempo é minha casa."
(Vitor Ramil)
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