(Na foto, uma manifestação religiosa em frente à Catedral de Crato, à época do vicariato de Monsenhor Assis Feitosa)
Um dos sacerdotes que mais marcaram a Igreja Particular de Crato foi o Monsenhor Francisco de Assis Feitosa. Deve-se a este sacerdote várias ampliações e melhoramentos introduzidos na Catedral de Nossa Senhora da Penha, bem como a construção de muitas capelas rurais do município de Crato, a exemplo das capelas dos distritos de Ponta da Serra, Santa Fé e Dom Quintino. As associações religiosas da cidade de Crato experimentaram grande progresso por conta do empenho deste sacerdote enquanto esteve à frente da Paróquia de Nossa Senhora da Penha.
No livro “Roteiro biográfico das ruas de Crato” do jornalista Lindemberg de Aquino encontramos algumas informações sobre este sacerdote.
“Monsenhor Francisco de Assis Feitosa nasceu em Tauá, nos sertões dos Inhamuns, em 1893. Cursou as primeiras letras na sua própria cidade natal, tendo vindo posteriormente estudar no Seminário de Crato, completando seus estudos religiosos no Seminário de Fortaleza, onde se ordenou em 30 de novembro de 1917.
“Em 1919, nomeado por Dom Quintino, primeiro bispo de Crato, assumiu a Paróquia de Tauá. Em 1921 veio para Crato para assumir a Paróquia de Nossa Senhora da Penha, no que foi o mais longo governo paroquial na Catedral de Crato, que se prolongou por 31 anos e só foi interrompido por sua morte, ocorrida em 30 de abril de
Monsenhor Assis Feitosa dedicou mais de três décadas àquela paróquia, e no seu longo vicariato prestou uma enorme gama de serviços ao Crato e ao seu povo, marcando de forma indelével a vida religiosa desta cidade.
Conforme Lindemberg de Aquino, Monsenhor Assis Feitosa era “Modestíssimo, um exemplo de pobreza, de humildade, da bondade em pessoa, onde se fundiam todas as excelentes qualidades de espírito e de coração”.
“Somavam-se a mais de uma centena os seus afilhados de batismo, não só de Crato, mas da redondeza
“Já o povo cratense tinha verdadeira consideração ao Monsenhor Assis Feitosa, pela bondade que dele irradiava, pela serena simpatia e doce encantamento que emanavam dos seus sábios conselhos, pela sua intervenção enérgica e segura em acontecimentos marcantes na vida da cidade, como foi o caso da grande seca de 1932 e das perseguições políticas ocorridas durante o período da ditadura de Getúlio Vargas, que transcorreram durante o governo paroquial de Monsenhor Assis.
"O seu sepultamento foi verdadeira consagração humana, ferindo a cidade de Crato de uma dor inconsolável pela perda de um sacerdote virtuoso, dedicado ao seu rebanho a quem deu tanta bondade e tão bom exemplo".
Texto e postagem de Armando Lopes Rafael
Extraido do Blog do Crato
Um comentário:
Esta postagem foi uma dedicação do Armando Rafael ao historiador Antonio Correia Lima. Parabens aos dois. Ao Armando por surpreender sempre com grandes temas e ao Antonio pelo merecimento.
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