ONG Verde Vida desenvolve projeto social com jovens da zona rural do Crato e ganha apoio de entidade do exterior.
Os jovens desenvolvem diversas atividades em várias áreas,uma delae é a Comunicação. Atualmente, eles estão finalizando um documentário sobre o Beato José Lourenço (Foto: Antonio Vicelmo).
Crato. O Nordeste seco, estorricado pelo sol causticante, é também o berço de ideias que florescem no meio do pedregulho. Assim é a catingueira, uma árvore que, apesar da adversidade, mantem-se viva no meio da Caatinga. O exemplo de resistência vem justamente do Sítio Catingueira, uma das áreas mais secas do Crato. Como a planta que se ergue altaneira, na terra árida, um grupo de jovens simples, pobres, filhos de agricultores, se destaca pela criatividade.O Programa Ações Culturais para Povos Rurais, da ONG Verde Vida, com sede no Sítio Catingueira, foi indicado como semifinalista entre os 1.917 inscritos na oitava edição do Prêmio Itaú-Unicef 2009. A solenidade de premiação regional ocorreu no "Museu do Homem do Nordeste" em Recife, com a presença dos promotores do evento, avaliadores, integrantes das Comissões Técnicas Regionais e autoridades. O programa não conseguiu passar para a final, no entanto, para o presidente do "Verde Vida", Genivan Brasil, esta classificação abrirá portas para melhor interagir com outras instituições do gênero no País.
Os jovens desenvolvem diversas atividades em várias áreas,uma delae é a Comunicação. Atualmente, eles estão finalizando um documentário sobre o Beato José Lourenço (Foto: Antonio Vicelmo).
Crato. O Nordeste seco, estorricado pelo sol causticante, é também o berço de ideias que florescem no meio do pedregulho. Assim é a catingueira, uma árvore que, apesar da adversidade, mantem-se viva no meio da Caatinga. O exemplo de resistência vem justamente do Sítio Catingueira, uma das áreas mais secas do Crato. Como a planta que se ergue altaneira, na terra árida, um grupo de jovens simples, pobres, filhos de agricultores, se destaca pela criatividade.O Programa Ações Culturais para Povos Rurais, da ONG Verde Vida, com sede no Sítio Catingueira, foi indicado como semifinalista entre os 1.917 inscritos na oitava edição do Prêmio Itaú-Unicef 2009. A solenidade de premiação regional ocorreu no "Museu do Homem do Nordeste" em Recife, com a presença dos promotores do evento, avaliadores, integrantes das Comissões Técnicas Regionais e autoridades. O programa não conseguiu passar para a final, no entanto, para o presidente do "Verde Vida", Genivan Brasil, esta classificação abrirá portas para melhor interagir com outras instituições do gênero no País.
O projeto atende 150 crianças e adolescentes com faixa etária entre 5 e 17 anos, além do acompanhamento de 15 famílias e jovens que recebem apoio educacional. Na sede rural foram construídos uma quadra de esporte, parque infantil, refeitório e salas de aula. Tudo funciona em uma área de dois hectares, em meio a canteiros de frutas e verduras, uma pequena horta e criação de peixes ornamentais em tanques.
No Distrito de Ponta da Serra, funciona um núcleo equipado com computadores, ilha de edição, para a produção dos vídeos e suporte técnico das ações na área de comunicação. Quando a reportagem do Diário do Nordeste chegou ao local, os jovens estavam concluindo um vídeo sobre o Caldeirão do beato José Lourenço. O documentário faz parte do trabalho que é realizado na região com a finalidade de resgatar a cultura popular.
O coordenador do projeto, Marcos Antônio Xenofonte, lembra que "em 2004 estiveram na Alemanha quatro adolescentes que levaram um pouco da nossa cultura". Em 2007, foram convidadas 11 crianças e adolescentes do projeto para mais uma vez mostrarem os valores culturais, grandeza e a simplicidade de uma comunidade antes esquecida do sertão nordestino.O "Verde Vida" recebe visitas de entidades sociais, poderes públicos e universidades, para pesquisas, estudos e intercâmbios, o que faz da ONG uma referência na ação com jovens no Cariri. Este projeto concorreu e foi selecionado em vários editais como Criança Esperança e Petrobras Cultural. Recebeu premiações como o Ponto de Mídia Livre pelo seu trabalho com comunicação e cultura.
História
História
Depois de trabalhar 10 anos com crianças de rua no Recife, o artista plástico Marcos Xenofonte voltou às origens, no Sítio Catingueira, a 30km do Crato, onde constatou que as crianças do local abandonavam a escola para trabalharem com os pais na roça, e as que permaneciam tinham baixo rendimento escolar. Não havia opções de lazer ou alternativas para o desenvolvimento das crianças na comunidade. Esta realidade o levou a ministrar oficinas de pinturas e artesanato para elas.
A experiência contou com 20 crianças, embora na comunidade existissem outras em condições de vulnerabilidade. Frequentar e obter boas notas na escola eram condições para participar do projeto. O convencimento das famílias não foi fácil. No começo houve resistências, que foram vencidas pelas próprias crianças que mostraram melhor desempenho na escola e elevação da autoestima. O projeto recebeu a visita da organização alemã Aktionskreis Pater Beda que passou a financiar as atividades já existentes e foram implantadas novas, como reforço escolar, capoeira, teatro, dança, coral, catequese, esporte, música e alimentação diária.
Parceiros institucionais foram surgindo como o Mesa Brasil do Serviço Social do Comércio (Sesc), unidade Crato, que doa alimentos com frequência, e a Prefeitura do Crato, por meio da Secretaria do Trabalho e da Ação Social, que repassa recursos por meio de convênio.Hoje, o projeto se espalha por todo o município cratense, resgatando valores e mostrando para o mundo que em meio às inclemências do Nordeste seco e sem assistência, nascem também ideias criativas.
PADARIA COMUNITÁRIA Intercâmbio oferece fonte de renda
A Padaria Comunitária virou uma fonte de renda para os moradores de Ponta da Serra, no Crato ( foto: Antonio Vicelmo)
A Padaria Comunitária virou uma fonte de renda para os moradores de Ponta da Serra, no Crato ( foto: Antonio Vicelmo)
Crato. Quem passa na estrada que liga Crato a Farias Brito, observa uma construção estilo europeu, que chama a atenção dos transeuntes. Ali funciona uma Padaria Comunitária, administrada por oito jovens, sob a orientação de um padeiro alemão. No momento, o instrutor é Chistian Cornilsen, um aposentado alemão, com 70 anos, que orienta a fabricação de pães, bolachas, biscoitos e bolos. O intercâmbio profissional tem objetivo, além de formar padeiros e padeiras para o mercado de trabalho, oferecer uma ocupação para alemães aposentados.A iniciativa que segue os precipícios da economia solidária funciona como vitrine do projeto. A comunidade de Ponta da Serra está se habituando a comer produtos de farinha de trigo com receitas alemães. Estimulada com o sucesso da padaria, a coordenação do projeto já está pensando em agregar uma lanchonete que deve ser inaugurada até o fim do ano.É um conceito diferente das tradicionais padarias da região, a começar pela automação. Seguindo o objetivo do projeto, em defesa da natureza, a padaria não utiliza lenha. Os fornos são alimentados com gás e energia elétrica. A cliente acompanha a fabricação dos alimentos por janelas de vidros. Os espaços são divididos com PVC.
A gerente da padaria, Marineide Alves, conhecida por "Duda", que já esteve na Alemanha e foi treinada em Salvador, Bahia, diz que a movimentação financeira está correspondendo à expectativa. Mas não é este o principal objetivo do projeto.A prioridade, segundo afirma, é a formação de profissionais. "Muito mais importante do que o lucro é o capital humano. Os oito adolescentes que estão trabalhando na padaria vão sair daqui capacitados para trabalhar em qualquer panificadora", garante ela.
FIQUE POR DENTRO Esporte e formação cultural são objetivos
O Projeto Verde Vida, dentro de sua programação pontual, há cinco anos oferece aulas de capoeira para os alunos da sede campestre no Sítio Catingueira. A partir de 2009, essa ação foi ampliada para a sede do distrito de Ponta da Serra. A ideia é oportunizar aos participantes, além da prática dos exercícios físicos propostos, informação dos fundamentos da manifestação esportiva e cultural, a história da influência da cultura ´afro´ na constituição da identidade. As aulas, que ocorrem semanalmente no Polo Edvardo Ribeiro e são ministradas pela professora Gabriela Rodrigues, já contam com dezenas de participantes da sede do distrito e de comunidades vizinhas. Jovens que passaram pelo projeto, hoje são profissionais pós-graduados e artesãos profissionais, universitários, absorvidos pelo mercado de trabalho e contribuindo para o desenvolvimento desta região.
Mais informaçõesProjeto Verde Vida - Ponta da Serra Crato: (88) 3521.6729(85) 3523.9262mailto:3523.9262verdevidas@yahoo.com.br
ANTÔNIO VICELMOREPÓRTER
(Fonte:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?aviso=yes&codigo=683700)
(Fonte:http://diariodonordeste.globo.com/materia.asp?aviso=yes&codigo=683700)
Nenhum comentário:
Postar um comentário