Os familiares do saudoso João
Sátiro de Sousa vem de público agradecer
à Câmara Municipal de Crato e ao
Executivo cratense pela aprovação e sanção do
Projeto de Lei de autoria do
Vereador Raimundo Amadeu de Freitas( PT)
que denomina de Rua João Sátiro
de Sousa uma das artérias localizadas no
Bairro Novo Crato, na cidade de Crato,
de acordo com a LEI Nº 2.921/2013, de 20 de setembro de 2013.
NOTA: O vereador Amadeu de Freitas se fundamentou na biografia do homenageado, descrita abaixo
NOTA: O vereador Amadeu de Freitas se fundamentou na biografia do homenageado, descrita abaixo
João Sátiro de Sousa, um cratense genuíno. Por:
Antonio Correia (Toinho)
João Sátiro de Sousa era seu nome completo,
nascido no sítio Pai Mané município do Crato, em 28.06.1915 e falecido na sede do distrito de
Ponta da Serra no dia 31.05.2013 aos 98 anos
incompletos.
Era filho, neto e
bisneto de cratenses que viveram nos Pés de Serra do Crato, mais precisamente,
nos sítios Lameiro, Cafundó, Fundão e Pai Mané, durante o século XIX e início
do XX. Era um dos 21 filhos de Joaquim
Sátiro de Sousa, sendo ele do seu segundo casamento com Maria Jacinta da Conceição
(ou de Oliveira). Seu avô paterno se chamava Antonio Joaquim de Sousa que era filho
de Joaquim Vitorino de Souza, do sítio Lameiro em Crato – CE. Do Antônio
Joaquim originaram-se os Sátiro, Os Manuel e os Davi do sítio Pai Mané.
Seu João viveu toda
sua existência entre o sítio Pai Mané, sítio Catigueira, Cidade de Crato, com
uma pequena passagem pelo sítio Cabreiro em Santa Fé, e concluiu sua jornada na
sede do Distrito de Ponta da Serra aonde veio a falecer, deixando eternas
saudades.
No Pai Mané viveu sua
infância, adolescência e fase adulta, se transferindo na década de 1960 para o
vizinho sítio Catingueira, após morte trágica da filha Jacinta de apenas oito
anos de idade vítima de disparo acidental de arma de fogo por parte de um primo de mesma faixa de
idade.
Da agricultura tirou
o sustento da família numa pequena gleba de terra fruto de herança passada de
geração para geração, no sítio Pai Mané, até os idos de 1960, quando resolve se
desfazer dessa pequena propriedade para adquirir outra, no sítio Catingueira,
que até hoje continua na posse dos seus herdeiros.
Casou-se em Crato no dia 04 de setembro de 1941
com a jovem Maria Correia de Araújo mais conhecida por Marieta, filha de José
Correia de Araújo e Leonília Correia de
Araújo, moradores do mesmo sítio Pai Mané, ele com 26 anos de idade e ela com 20.
Dessa união nasceram 11 filhos, a saber, Geovane,
José Jaime, Antonio, João Eudes ( já falecido adulto e casado), Francisco
Jairon. Maria Marilê, Maria Nailê, Maria Lêda, Maria das Graças, Maria do
Socorro e Maria Jacinta (falecida aos oito anos de idade), e estes geraram 24
filhos e 38 netos, consequentemente, netos e bisnetos do casal João e Marieta.
Seu João e Dona Marieta tiveram um casamento que
durou para a eternidade, dentro de uma harmonia não muito comum a boa parte dos
casais.
Como produtor de Banana, tanto no Pai Mané como na
Catingueira, ele deu grande contribuição ao município do Crato, ao ser um dos
abastecedores desse importante produto no mercado do Crato durante várias
décadas.
Era um homem alegre, divertido, bondoso, caridoso,
acolhedor e respeitado por todos. Era um
amante da música, e um ouvinte assíduo de todas as noites do
“Seresteiros do Brasil” pelas ondas da Rádio Educadora através do seu rádio de
pilha no aconchego do alpendre de sua casa.
Deu sua contribuição também na parte religiosa ao
participar dos principais eventos em louvor do Padroeiro São José de Ponta da
Serra, desde as grandes festas das décadas de 30/40/50 até os dias que o peso
da idade lhe permitiu.
Gostava da política, e tinha suas preferências,
sem, no entanto, levar vantagens pessoais. Apreciava o futebol, que o
acompanhava através da velha TV à bateria, e nos campos de futebol que ele
mesmo incentiva aos filhos e vizinhos a
manter na sua própria terra.
Foi com certeza um bom filho, bom esposo, bom pai,
bom avô, bom bisavô. Acolhia a todos em sua casa sem distinção de cor, credo ou
tendência política.
Está aí, portanto, uma pequena biografia do Sr,
João Sátiro, um cratense genuíno que viveu
quase um século sem nunca arredar o pé do seu torrão natal.
FONTES:
01. DHDPG Livro de
casamentos de 1940 a 1944 p. 44;
02. DHDPG Livro de
Casamentos – Banhos, de 1909 a 1910, p. 31;
03. DHDPG – Livro de Casamentos – microfilme
4129093 02204.
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