09 Julho 2009
Prêmio de Lula orgulha o país, mas imprensa esconde - Por: José Nilton Mariano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem à noite, em Paris, o prêmio FélixHouphouët-Boigny concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura). Presidido por Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, o júri premiou Lula “por sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos”.Não é um premiozinho qualquer. Entre as 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje - anteriormente nenhum deles brasileiro - estão Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos. O Secretário-executivo do prêmio, Alioune Traoré lembrou durante a cerimônia na sede da Unesco que um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz. Pode-se imaginar no Brasil o trauma que isto causaria a certos setores políticos e da mídia caso o mesmo aconteça com Lula. Thaoré disse a Lula que, ao receber este prêmio, “o senhor assume novas responsabilidades na história”. Mas nada disso foi capaz de comover os editores dos dois jornalões paulistas, Folha e Estadão, que simplesmente ignoraram o fato em suas primeiras páginas. Dos três grandes jornais nacionais, apenas O Globo destacou a entrega do prêmio no alto da capa. Para o Estadão, mais importante do que o prêmio recebido por Lula foi a manifestão de dois ativistas do Greenpeace que exibiram faixas conclamando Lula a salvar a Amazônia e o clima. “Ambientalistas protestam durante premiação de Lula”, foi o título da página A7 do Estadão. O protesto do Greenpeace foi também o tema das únicas fotografias publicadas pela Folha e pelo Estadão. No final do texto, o Estadão registrou que Lula pediu desculpas aos jovens ativistas, retirados com truculência pela segurança, e “reverteu o constrangimento a seu favor, sendo ovacionado pelo público que lotava o auditório”. “O alerta destes jovens vale para todos nós, porque a Amazônia tem que ser realmente preservada”, afirmou Lula em seu discurso, ao longo do qual foi aplaudido três vezes quando pediu o fim do embargo a Cuba e a criação do Estado palestino, e condenou o golpe em Honduras. “Sinto-me honrado de partilhar desta distinção. Recebo esse prêmio em nome das conquistas recentes do povo brasileiro”, afirmou Lula para os convidados das Nações Unidas. A honraria inédita concedida a um presidente brasileiro, motivo de orgulho para o país, também não mereceu constar da escalada de manchetes do Jornal Nacional. A notícia da entrega do prêmio no principal telejornal noturno saiu ensanduichada entre declarações de Lula sobre a crise no Senado e o protesto do Greenpeace. Preferiu-se dar destaque na escalada e no noticiário à comemoração pelos quinze anos do Plano Real, promovida no plenário do Senado, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou para atacar Lula. Diante da manifesta má-vontade demonstrada pela imprensa neste episódio da cobertura da entrega do Prêmio da Unesco, dá para entender porque o governo Lula procura formas alternativas para se comunicar com a população fora da grande mídia, a ponto de chegar a dizer que não lia mais jornais porque lhe davam azia. Exageros à parte, mesmo que esta atitude beligerante lhe cause mais prejuízos do que dividendos, o fato é que Lula não deixa de ter razão quando se queixa de uma tendência da nossa mídia de inverter a máxima de Rubens Ricupero, aquele que deu uma banana para os escrúpulos.“O que é bom a gente esconde, o que é ruim a gente divulga”, parece ser mesmo a postura de boa parte dos editores da nossa imprensa com um estranho gosto pelo noticiário negativo, priorizando as desgraças e minimizando as coisas boas que também acontecem no país. Valeu, Lula. Parabéns !!!
Autor: Ricardo Kotscho – Postagem: José Nilton Mariano Saraiva
Prêmio de Lula orgulha o país, mas imprensa esconde - Por: José Nilton Mariano
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebeu ontem à noite, em Paris, o prêmio FélixHouphouët-Boigny concedido pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a educação, a ciência e a cultura). Presidido por Henry Kissinger, ex-secretário de Estado dos Estados Unidos, o júri premiou Lula “por sua atuação na promoção da paz e da igualdade de direitos”.Não é um premiozinho qualquer. Entre as 23 personalidades mundiais que receberam o prêmio até hoje - anteriormente nenhum deles brasileiro - estão Nelson Mandela, ex-presidente da África do Sul, Yitzhak Rabin, ex-premiê israelense, Yasser Arafat, ex-presidente da Autoridade Nacional Palestina, e Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos. O Secretário-executivo do prêmio, Alioune Traoré lembrou durante a cerimônia na sede da Unesco que um terço dos vencedores anteriores ganhou depois o Prêmio Nobel da Paz. Pode-se imaginar no Brasil o trauma que isto causaria a certos setores políticos e da mídia caso o mesmo aconteça com Lula. Thaoré disse a Lula que, ao receber este prêmio, “o senhor assume novas responsabilidades na história”. Mas nada disso foi capaz de comover os editores dos dois jornalões paulistas, Folha e Estadão, que simplesmente ignoraram o fato em suas primeiras páginas. Dos três grandes jornais nacionais, apenas O Globo destacou a entrega do prêmio no alto da capa. Para o Estadão, mais importante do que o prêmio recebido por Lula foi a manifestão de dois ativistas do Greenpeace que exibiram faixas conclamando Lula a salvar a Amazônia e o clima. “Ambientalistas protestam durante premiação de Lula”, foi o título da página A7 do Estadão. O protesto do Greenpeace foi também o tema das únicas fotografias publicadas pela Folha e pelo Estadão. No final do texto, o Estadão registrou que Lula pediu desculpas aos jovens ativistas, retirados com truculência pela segurança, e “reverteu o constrangimento a seu favor, sendo ovacionado pelo público que lotava o auditório”. “O alerta destes jovens vale para todos nós, porque a Amazônia tem que ser realmente preservada”, afirmou Lula em seu discurso, ao longo do qual foi aplaudido três vezes quando pediu o fim do embargo a Cuba e a criação do Estado palestino, e condenou o golpe em Honduras. “Sinto-me honrado de partilhar desta distinção. Recebo esse prêmio em nome das conquistas recentes do povo brasileiro”, afirmou Lula para os convidados das Nações Unidas. A honraria inédita concedida a um presidente brasileiro, motivo de orgulho para o país, também não mereceu constar da escalada de manchetes do Jornal Nacional. A notícia da entrega do prêmio no principal telejornal noturno saiu ensanduichada entre declarações de Lula sobre a crise no Senado e o protesto do Greenpeace. Preferiu-se dar destaque na escalada e no noticiário à comemoração pelos quinze anos do Plano Real, promovida no plenário do Senado, em que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso aproveitou para atacar Lula. Diante da manifesta má-vontade demonstrada pela imprensa neste episódio da cobertura da entrega do Prêmio da Unesco, dá para entender porque o governo Lula procura formas alternativas para se comunicar com a população fora da grande mídia, a ponto de chegar a dizer que não lia mais jornais porque lhe davam azia. Exageros à parte, mesmo que esta atitude beligerante lhe cause mais prejuízos do que dividendos, o fato é que Lula não deixa de ter razão quando se queixa de uma tendência da nossa mídia de inverter a máxima de Rubens Ricupero, aquele que deu uma banana para os escrúpulos.“O que é bom a gente esconde, o que é ruim a gente divulga”, parece ser mesmo a postura de boa parte dos editores da nossa imprensa com um estranho gosto pelo noticiário negativo, priorizando as desgraças e minimizando as coisas boas que também acontecem no país. Valeu, Lula. Parabéns !!!
Autor: Ricardo Kotscho – Postagem: José Nilton Mariano Saraiva
Extraido do Blog do Crato
3 comentários:
Antonio
Fazem uns trita dias que postei essa matéria do Blog do Crato.
A direita na época não ficou nada satisfeita.
Olá Elmano, obrigado pela visita?comentário. Tenho acompanhado a sua participação no Blog do Crato e do Sanharol
Pois é, amigos, mas acho que o nosso presidente é um caso que se aplica a fala de Cristo " Não se pode acender uma lâmpada e escondê-la embaixo da mesa; ao contrário,tem-se que colocá-la no alto para que ilumine a casa toda"
Por mais que queiram, não podem esconder a luz do nosso Lula.
Valeu, Lula!
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